O Brasil subiu 19 posições no ranking mundial de liberdade de imprensa, elaborado pela organização RSF (Repórteres Sem Fronteiras) e divulgado nesta 6ª feira (2.mai.2025). Em 2024, o Brasil ocupava a 82ª posição entre os 180 países avaliados. Agora, está na 63ª posição.
Segundo a organização, o enfraquecimento econômico dos veículos de comunicação é um dos principais riscos à liberdade de imprensa. Pela 1ª vez, a média global de pontuação dos países analisados pela RSF ficou abaixo de 55, o que indica um cenário classificado como “difícil” para a liberdade de imprensa. Mais de 60% das nações avaliadas registraram retrocessos em suas posições no ranking.
“O novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem normalizado as relações entre os órgãos estatais e a imprensa, após um mandato de Jair Bolsonaro marcado pela hostilidade constante ao jornalismo”, diz a ONG.
Segundo o relatório da organização, o jornalismo nas Américas enfrenta a fragilidade dos serviços de informação pública, a concentração da mídia e condições precárias de trabalho, com a crise tendo se intensificado após o colapso dos modelos tradicionais de negócios da mídia.
“Nos Estados Unidos (57º), o segundo mandato de Donald Trump provocou uma deterioração preocupante da liberdade de imprensa. Seu governo politizou instituições, reduziu o apoio à mídia independente e marginalizou jornalistas. A confiança na mídia está em queda, os repórteres enfrentam hostilidade crescente e muitos jornais locais estão desaparecendo, deixando para trás vastos ‘desertos de informação’. Trump também encerrou o financiamento federal da Agência dos Estados Unidos para a Mídia Global (USAGM), impactando diretamente o cenário da mídia internacional”, diz o relatório.