O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais nesta 3ª feira (30.abr.2025) para criticar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino. Ele questionou o tratamento jurídico que tem recebido em investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022, após perder a eleição presidencial.
Na publicação, Bolsonaro ironizou as alegações contra ele feitas pela PF (Polícia Federal), PGR (Procuradoria-Geral da República) e pelo ministro relator do caso no STF. Sugeriu que há uma “lógica seletiva” sendo aplicada.
“Seguindo a lógica da PF, PGR e juízes auxiliares, que se manifestam fora dos autos, as declarações pretéritas de Flávio Dino não podem só agora ser criminosas para condenar Jair Bolsonaro”, afirmou o ex-presidente.
Bolsonaro também disse que desde 2012 defende o voto impresso no Congresso Nacional, e que Flávio Dino, quando ainda não era ministro do STF, também teria defendido a proposta. “Foi também favorável ao ‘papelzinho’ o nosso Flávio Dino em 2010 (vídeo)”, afirmou.
O ex-presidente criticou também o Congresso Nacional. “Golpistas são todos os mais de 350 deputados que derrubaram o veto ao Projeto de Lei ao voto no ‘papel’ ao lado do voto impresso, deveriam responder por atentado contra o Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe”, disse.
As declarações se dão durante o avanço das investigações que apuram uma suposta tentativa de golpe de Estado durante o governo Bolsonaro, incluindo articulações com militares e ataques ao sistema eleitoral. Flávio Dino, ex-ministro da Justiça, foi nomeado ao STF em 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
