O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou em silêncio durante depoimento à PF (Polícia Federal) nesta 5ª feira (22.fev.2024). Ele foi intimado a depor sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo na Presidência.
Segundo a defesa, eles não tiveram acesso integral aos autos do inquérito. Paulo Amador da Cunha Bueno, advogado do ex-presidente, classificou as investigações como “semi-secretas”. Disse ainda que Bolsonaro “nunca foi simpático” a qualquer movimentação golpista e que ele não teme futuras delações premiadas.
Fábio Wajngarten, assessor do ex-chefe do Executivo, disse que a defesa solicitou o arquivamento de Habeas Corpus protocolado no STF (Supremo Tribunal Federal) favorável à Bolsonaro. A petição teria sido assinada pelo advogado Jefrey Chiquini.
A PF marcou os depoimentos simultâneos de Bolsonaro e outros 14 aliados investigados por suposta tentativa de golpe de Estado em Brasília.
Leia a lista dos alvos ouvidos pela PF nesta 5ª feira (22.fev):
- Jair Bolsonaro – ex-presidente;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
- Bernardo Romão Corrêa – coronel do Exército (preso);
- Cleverson Ney Magalhães, coronel da reserva;
- Filipe Martins – ex-assessor especial de Bolsonaro;
- Mário Fernandes, ex-chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República;
- Marcelo Câmara – coronel do Exército e ex-assessor (preso);
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Rafael Martins – major das Forças Especiais do Exército (preso);
- Tércio Arnauld, ex-assessor de Jair Bolsonaro; e
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL (Partido Liberal); e
- Walter Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.