Canais oficiais do governo federal fizeram referências irônicas a expressões ligadas a Bolsonaro
Publicações nas redes sociais do governo Lula (PT) nesta segunda-feira (29) comemoraram ação da Polícia Federal que teve entre os alvos o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Publicação do perfil oficial do governo do Brasil ironiza operação da PF contra Carlos Bolsonaro –
O perfil do governo federal no Instagram publicou uma imagem de uma mão batendo em uma porta e a mensagem “toc, toc, toc”. Trata-se de uma referência a um discurso de Joice Hasselmann, que reproduziu em plenário, em seu período como deputada, como seria uma possível operação contra Bolsonaro.
O perfil oficial da Secom (Secretaria de Comunicação Social), por sua vez, publicou uma imagem com o título “Grande dia! Só notícia boa!”. A expressão tornou-se conhecida a partir de publicações de Bolsonaro nas redes sociais.
Publicação da Secretaria de Comunicação do governo federal faz referência irônia à operação da PF –
A gestão petista já fez publicações semelhantes em outras ocasiões. Em março do ano passado, a Secom ironizou a tentativa do governo Bolsonaro de trazer ilegalmente para o país R$ 16,5 milhões em joias sauditas.
“Fez uma viagem internacional e trouxe umas coisinhas? Siga as regras e não tenha problemas com a @ReceitaFederal”, escreveu.
Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão para avançar na investigação sobre a atuação da chamada “Abin Paralela” no governo de Bolsonaro.
Na nova ação, a PF mira pessoas que foram destinatárias das informações produzidas de forma ilegal pela agência de inteligência do governo federal.
Relatórios produzidos pela agência sob Bolsonaro e o uso do software espião First Mile estão no centro da investigação da PF.
Os investigadores afirmam que oficiais da Abin e policiais federais lotados na agência produziam monitoraram os passos de adversários políticos de Bolsonaro e produziram relatórios de informações “por meio de ações clandestinas” sem “qualquer controle judicial ou do Ministério Público”.