Após Bolsonaro receber visitas, CFM diz que acesso a UTIs é restrito

O Conselho Federal de Medicina (CFM) reforçou, na sexta-feira (25), que o acesso às Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) “é restrito e deve seguir rigorosamente os critérios estabelecidos por normas da Anvisa, do Ministério da Saúde e do CFM”.

A declaração ocorre após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) receber visitas enquanto está internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília. Ele ainda foi intimado, na quinta-feira (23), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e recebeu uma oficial de Justiça dentro do quarto da unidade hospitalar.

Bolsonaro foi notificado sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. Ele se tornou réu por decisão unânime da Primeira Turma do STF, após julgamento, no dia 26 de março.

Ele também recebe familiares e apoiadores no local.

Em nota, o CFM destacou os critérios obrigatórios para acesso à UTI. São eles:

  • necessidade de autorização prévia da equipe médica;
  • visita agendada e em horário restrito;
  • limitação estrita do número de pessoas por leito;
  • observância de protocolos de segurança sanitária;
  • e uso adequado de equipamentos de proteção individual.

Além de ressaltar que os conselhos regionais de Medicina devem apurar “o desrespeito a protocolos técnico-científicos de acesso à UTI”, devido ao “risco que representa à saúde e à vida dos pacientes”.

Contrariando ordens médicas, o ex-presidente também recebeu o pastor Silas Malafaia e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, na última semana.

Veja a nota na íntegra:

Bolsonaro estável

O ex-chefe do Executivo está internado desde o dia 12 de abril. No dia 13, ele foi submetido a uma cirurgia para desobstrução intestinal, classificada pelos médicos como “extremamente complexa e delicada”.

De acordo com o último boletim médico do ex-presidente, divulgado neste sábado (26), ele segue estável clinicamente, sem febre e sem alterações da pressão arterial. Ainda não há previsão de alta.

A equipe médica informou ainda que Jair Bolsonaro não realiza alimentação via oral e está recebendo suporte calórico e nutricional por via endovenosa – diretamente na veia.

“Persistem os sinais de gastroparesia (retardo do esvaziamento do estômago) e ainda não apresentou movimentos intestinais espontâneos, o que impede momentaneamente a alimentação por via oral ou pela sonda gástrica”, afirmou o hospital.

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