O advogado Eduardo Kuntz afirmou que o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), faz parte do grupo que “não fez” uma tentativa de golpe de Estado. A 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu por unanimidade nesta 3ª feira (22.abr.2025) tornar Câmara réu e abrir uma ação penal contra ele para julgar o crime.
Depois do julgamento, Kuntz disse a jornalistas, na sede da Corte, em Brasília: “Não estou fazendo aqui nenhum juízo de valor de quem fez e quem não fez. Estou só afirmando que meu cliente está no grupo que não fez [um golpe]”.
O advogado também afirmou estar seguro que provará, ao longo do processo penal, que o ex-ajudante de Bolsonaro é inocente. “A defesa está segura que vai ser possível, ao longo da instrução, através das testemunhas, através da efetiva análise das provas, que não foram até hoje disponibilizadas, enfrentar o mérito desta questão e produzir a absolvição do Coronel Marcelo Câmara”, declarou.
Assista (3min35s):
Antes de começar o julgamento, Kuntz negou que o ex-ajudante tenha monitorado o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte. Afirmou que a medida foi direcionadaa uma reunião em que estava o ex-presidente.
“Não foi monitoramento, foi um ajuste necessário de agendas de um evento que não havia sido divulgado”, disse.
O advogado Luiz Christiano Kuntz também defendeu a tese durante a sustentação oral no julgamento. A defesa pediu para o caso ser direcionado para julgamento em 1ª Instância.
“Esse núcleo não tem ninguém com prerrogativa de foro. Que seja imediatamente negada a competência. Caso isso não seja acolhido, que a rejeição [da denúncia] impere, que seja afastada por falta de justa causa”, disse o advogado. As justificativas foram negadas pelo STF.