A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, nesta terça-feira (20), abrir processo para apurar a conduta de cinco ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Os alvos são Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União), Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Defesa) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União).
O que motivou a abertura do processo são as falas dos ex-ministros durante reunião realizada no dia 5 de julho de 2002, em que, segundo a Polícia Federal, foram tratados temas relacionados a um golpe de Estado.
O processo aberto é uma fase preliminar da apuração. O próximo passo será ouvir as defesas. Só depois os integrantes da Comissão decidem se seguem com o procedimento, que pode resultar em punição.
Como os cinco ex-ministros não estão mais no governo, eles podem receber, no máximo, a chamada censura ética – uma espécie de reprimenda da administração pública que fica marcada no currículo do agente público.
O vídeo da reunião em que os cinco auxiliares de Bolsonaro participam veio a público recentemente. E serviu de apoio para a Polícia Federal realizar a Operação Tempus Veritatis, que investiga suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
A CNN tenta contato com os citados, mas, até o momento, não obteve retorno.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Comissão de Ética da Presidência abre processo contra cinco ex-ministros de Bolsonaro no site CNN Brasil.