O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes puxou de volta à Suprema Corte inquéritos contra o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, o ex-deputado Deltan Delllagnol e o presidente do PSD, Gilberto Kassab.
Os inquéritos haviam sido transferidos para instâncias inferiores depois que os envolvidos perderam o foro privilegiado ao deixar os cargos políticos que ocupavam na época em que os casos se deram.
Porém, no dia 11 de março, o STF mudou o entendimento e decidiu pela ampliação do foro por prerrogativa de função (o chamado foro privilegiado) de autoridades. Com a conclusão, investigações iniciadas na Corte que tenham relação com o mandato ou a função do político continuarão sob a análise do Tribunal, mesmo depois do fim de seus mandatos.
Com isso, em 19 de março, Moraes determinou que todos esses casos sob sua relatoria retornassem à Suprema Corte. São eles:
- Gilberto Kassab – inquérito investiga uma denúncia do MPF (Ministério Público Federal) de que o cacique teria recebido propina da JBS por duas vezes: R$ 350 mil com uso de notas fiscais falsas e R$ 28 milhões em troca de apoio político do PSD ao PT nas eleições de 2014;
- Ricardo Salles – trata-se de uma suspeita de que Salles teria dado um favorecimento ilegal a madeireiras enquanto era ministro do Meio Ambiente durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL);
- Deltan Dallagnol – trata-se de uma notícia-crime apresentado em 2023 pelo então ministro da Justiça Flávio Dino por crimes contra a honra. À época, ex-deputado disse que o chefe do órgão tinha ligação com o crime organizado;
- Geddel Quadros e Lucio Viera Lima (MDB-MA) –há 2 inquéritos envolvendo o ex-deputado e seu irmão. Um trata-se de lavagem de dinheiro e a outra sobre uma suspeita de “rachadinha” no gabinete do ex-congressista.
- Aelton Freitas – ex-deputado (PP-MG) suspeito de lavagem de dinheiro.