Gleisi defende criação de cargo “honorífico” para Janja

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa da primeira-dama Janja da Silva nesta 6ª feira (21.mar.2025). Gleisi afirmou que há “muita injustiça” com a socióloga e defendeu que a mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhe um cargo “honorífico”.

“Eu defendo um ponto honorífico. Ela [Janja] não vai receber nada, seja isso legalizado, porque é importante até para que ela possa, sim, prestar contas. Acho que é importante ela ter condição de atuar. Ela é companheira do presidente da República, tem um peso social importante”, disse em entrevista à CNN Brasil.

A ministra minimizou os pedidos de acesso à informação e requerimentos sobre os gastos de Janja em viagens apresentados pela oposição ao governo Lula e comparou com o período em que Michelle Bolsonaro, mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), era primeira-dama. 

“Criaram um programa [Pátria Voluntária] para ela [Michelle] que tinha mais de 50 pessoas, uma estrutura imensa e gastos de recursos públicos e uma confusão danada de dinheiro e cartão. Esse pessoal do Bolsonaro não tem moral para vir para cima da Janja”, disse. 

Por não ter um cargo oficial no governo, os dados referentes aos gastos da primeira-dama em viagens internacionais não são divulgados. Como mostrou o Poder360, a ida de Janja à Roma, na Itália, em fevereiro, integrando uma comitiva de 12 pessoas, custou ao menos R$ 260 mil aos cofres públicos.

ATUAÇÃO DE JANJA

Segundo apurou o Poder360, Janja é alvo de 74 requerimentos a mais do que Michelle Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Juntas, elas motivaram 96 solicitações propostas por deputados federais.

Dos 85 requerimentos contra a mulher de Lula, 54 foram propostos por congressistas do PL, oposição ao governo.

Segundo a pesquisa PoderData, realizada de 15 a 17 de março de 2025, 50% dos eleitores que afirmaram conhecer a primeira-dama desaprovam sua participação no governo. 29% aprovam sua atuação e outros 21% não souberam responder.

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