O setor público consolidado –formado por União, Estados, municípios e empresas estatais– pagou R$ 12,6 trilhões em juros da dívida nos últimos 24 anos, de janeiro de 2002 a janeiro de 2025.
O maior gasto anual foi em 2024, no 2º ano Lula 3: R$ 988 bilhões. O recorde anterior havia sido registrado em 2015, no governo de Dilma Rousseff (PT), com R$ 845,7 bilhões. Os valores foram corrigidos pela inflação.
A despesa com os juros teve a maior alta anual (26,7%) desde 2021, quando subiu 32,2% em relação a 2020, o 1º ano da pandemia da covid. Leia a trajetória dos gastos desde 2002 no infográfico abaixo:
De janeiro de 2023 a janeiro de 2025, os gastos com os juros totalizaram R$ 1,81 trilhão. Em 25 meses, as despesas superaram o 1º mandato (R$ 1,80 trilhão, de 2003 a 2006) e o 2º mandato (R$ 1,73 trilhão, de 2007 a 2010) de Lula.
O rombo nas contas públicas no 3º mandato do petista foi de R$ 2,02 trilhões. Além do gasto de R$ 1,81 trilhão com juros, as contas públicas tiveram saldo negativo acumulado de R$ 208,2 bilhões.
Selic é o principal indexador
O Brasil gastou R$ 998 bilhões com juros da dívida em 2024, sendo que 55,6% do total estão atrelados à taxa básica (Selic), que deve subir para o patamar de 14,5% ao ano nesta 4ª feira (19.mar.2025) em decisão do Copom. Outros 21,6% são de índices de preços.
O Poder360 procurou o Ministério da Fazenda para perguntar se gostaria de se manifestar. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.