O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta 5ª feira (15.fev.2024) que “estão criando muita coisa” em relação à investigação da PF (Polícia Federal) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o governador de SP, não há elementos que justifiquem a responsabilização do ex-presidente
“Sinceramente, eu não consigo ver —e essa não é uma opinião minha, tem muitos juristas divididos— nada que traga uma responsabilização para ele [Bolsonaro]. Não vejo. Acho que o pessoal está criando muita coisa”, disse Tarcísio a jornalistas durante a entrega da reforma de uma escola em São Sebastião (SP).
Bolsonaro foi alvo de uma operação de busca e apreensão da PF na última 5ª feira (8.fev). A corporação investiga uma eventual participação do ex-presidente, enquanto ainda estava no cargo, em planos que visavam a suposta tentativa de golpe de Estado.
A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que autorizou a operação Tempus Veritatis cita 15 trechos com indícios de planejamento de um golpe de Estado. Leia a íntegra da decisão (PDF – 8 MB).
Tarcísio, que é aliado do ex-presidente, disse ainda que, “com o tempo, tudo será esclarecido”. Afirmou que “confia” em Bolsonaro.
Tarcísio, que foi ministro de Infraestrutura durante a gestão de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, disse que tem uma relação “fraterna” com o ex-presidente. “Lealdade e gratidão não vão embora nunca […] se o presidente estiver precisando de apoio, eu vou estar do lado dele”, afirmou.
“Confio muito num cara que eu aprendi a admirar, que eu trabalhei junto, que a única coisa que eu vi nesse tempo todo que eu trabalhei com ele foi preocupação com as pessoas, mais nada. Vou estar junto dele. Sempre”, afirmou.
O governador de SP também confirmou sua presença no ato convocado por Bolsonaro, na Avenida Paulista, no próximo dia 25 de fevereiro. Segundo o ex-presidente, a manifestação servirá para que ele se defenda de “todas as acusações” que têm sofrido nos últimos meses.
No vídeo em que chama seus apoiadores para o ato, Bolsonaro pede que os presentes não levem quaisquer faixas ou cartazes com dizeres “contra quem quer que seja”.
