A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse nesta 5ª feira (15.fev.2024) ser “estarrecedor” que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) queira convocar um ato em defesa da democracia. De acordo com ela, ele “nunca respeitou” e tentou “abolir” o regime democrática em uma suposta tentativa “fracassada” de golpe de Estado.
Na 2ª feira (12.fev), Bolsonaro convidou seus apoiadores para uma manifestação às 15h na Avenida Paulista, em São Paulo, para se defender de “todas as acusações” que têm sofrido nos últimos meses.
“Não há nada de normal quando a democracia e liberdade de expressão são invocadas pela boca de quem quis destruí-las, de quem atentou contra esse mesmo Estado Democrático de Direito que agora invoca”, declarou Gleisi em seu perfil no X (ex-Twitter). Segundo ela, o ato na Paulista será para o ex-presidente “contrapor” o processo legal, “já que as provas contra ele e sua turma não param de aparecer”.
A presidente do PT chamou Bolsonaro de “chefe terrorista” e “fascista” que agora “quer vestir o manto da democracia para mais uma vez atacá-la”. Por fim, Gleisi afirmou que nem o ex-presidente nem a “absurda” convocação podem ser “normalizados” pela mídia, “sob o risco de normalizar a mentira, o desrespeito à lei e às instituições, e a barbárie”.
Para ela, Bolsonaro é “contra” a Constituição e não há “legitimidade” no ato marcado para 25 de fevereiro. “Não podemos flertar com o perigo”, declarou.
Bolsonaro é alvo da operação Tempus Veritatis. Em 8 de fevereiro, a PF (Polícia Federal) cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas contra o ex-presidente e seus apoiadores por suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo na Presidência da República. O passaporte do ex-presidente foi apreendido e está com a Polícia Federal. A defesa pediu a devolução do documento.