O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender, nesta quarta-feira (12), o projeto de lei que anistia os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ao lado do presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, Bolsonaro disse não ter qualquer relação com os atos que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 2023.
O ex-presidente disse que uma das prioridades da direita neste momento será destravar a tramitação da proposta de anistia aos condenados pelos atos.
“[Uma prioridade é o] Projeto do [Rodrigo] Valadares, para a gente botar para frente o projeto de anistia. Não tem cabimento. Nós temos órfãos de pais vivos. E que tipo de acusação [contra os envolvidos], meu Deus. Mãe acordando sem os seus filhos, condenados a 16, 17 anos de cadeia. É um absurdo o que estão fazendo com essas pessoas”, disse.
“Desde o começo eu falei que a anistia não era pra mim. Se eu estava nos Estados Unidos, eu não depredei patrimônio nenhum. Começa por aí o erro”, continuou.
Revogação de medidas
Na terça-feira (11), o ministro Alexandre de Moraes atendeu aos pedidos da defesa de Valdemar Costa Neto e revogou as medidas cautelares contra o presidente do PL.
Com a decisão, Valdemar agora pode retomar o contato com Jair Bolsonaro e militares, além de recuperar seu passaporte e a permissão para viajar para fora do país. Seus bens apreendidos também serão devolvidos.
Ao pedir a revogação das medidas, a defesa argumentou que o político não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da tentativa de golpe de Estado, que mira Bolsonaro e outras 33 pessoas.
“O processo criminal constitucional brasileiro não confere espaço para a subsistência de medidas cautelares quando ausente um procedimento investigativo ou mesmo uma ação penal correlata”, reforçaram os advogados.
Em atualização
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ao lado de Valdemar, Bolsonaro defende anistia de envolvidos no 8/1 no site CNN Brasil.