O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga suposta trama golpista, comemorou o fato de não ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira (19), o padre católico escreveu “Deo gratias”, que significa graças a Deus em latim. “A PGR não encontra elementos para denunciar Pe. José Eduardo”, afirmou em imagem.
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José Eduardo foi indiciado junto a 36 pessoas em novembro de 2024, por supostamente participar de uma tentativa de golpe de Estado no Brasil após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial de 2022.
O padre é um dos dez indiciados que escaparam da denúncia da PGR, apresentada nesta terça-feira (18). Entre eles, também está o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
A PF encontrou indícios que o padre teria participado de uma reunião sobre a trama com Bolsonaro e é suspeito de integrar o núcleo jurídico que formatou decretos e a minuta que serviriam para o golpe.
Em mensagens de WhatsApp analisadas pela PF, José Eduardo chegou a encaminhar uma “oração ao golpe” e pedia que todos os brasileiros, católicos e evangélicos, incluíssem os nomes do então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e de outros 16 generais nas respectivas preces.
A investigação indicou que o religioso participou de reunião com Filipi Martins e Amauri Feres Saad no dia 19 de novembro de 2022, em Brasília (DF). Ambos também foram indiciados. Os controles de entrada e saída do Palácio do Planalto registraram a mvimentação do padre na sede do governo federal naquela data.
Na época do indiciamento, a defesa do padre disse que “o relatório não traz nenhuma prova séria, concreta, de participação do padre em qualquer ato que visasse a quebra do Estado democrático”.
Com mais de 431 mil seguidores nas redes sociais, o padre católico José Eduardo de Oliveira e Silva nasceu em Piracicaba (SP). Em 2006, foi ordenado sacerdote da Diocese de Osasco, localizada na região metropolitana de São Paulo.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Padre indiciado pela PF comemora não ter sido denunciado pela PGR no site CNN Brasil.