O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 3ª feira (18.fev.2025) que a prioridade da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é a anistia dos presos de 8 de Janeiro. Afirmou acreditar que a Câmara tem votos para aprová-la.
Bolsonaro declarou que teve uma conversa reservada com Gilberto Kassab, presidente do PSD –maior bancada do Senado– sobre o assunto. “Hoje, o que eu sinto, conversando com parlamentares, como os do PSD, é que a maioria votaria, é favorável [à anistia] e acho que na Câmara já tem quorum para aprovar”, disse.
“Imagine você ir dormir e acordar sem o filho do lado? [Hugo Motta, presidente da Câmara]recebeu aquela senhora com 6 filhos. O mais velho de 10 [anos], o mais jovem de 10 meses, cujo marido condenado a 14 anos está foragido, talvez esteja na Argentina. Aí eu te pergunto, essa punição é justa? Essa dosimetria é justa? 14? 17 anos de cadeia?”, disse.
Motta declarou em 7 de fevereiro que há um “desequilíbrio” nas condenações dos envolvidos nos atos de janeiro de 2023 e que, na sua opinião pessoal, não houve tentativa de golpe.
DENÚNCIA DA PGR
Bolsonaro disse não estar preocupado com a denúncia que a PGR (Procuradoria Geral da República) deve apresentar ainda nesta semana contra ele sobre um suposto golpe de Estado para impedir a posse de Lula. Ele também criticou a Lei da Ficha Limpa, usada, segundo ele, para “beneficiar a esquerda e perseguir a direita”.
“Olha, a Dilma foi cassada aqui. O Lula, tiraram da cadeia. Anularam os 3 processos e disputou a eleição. Olha, Sérgio Cabral está elegível. O que eles me fizeram? O que eu fiz? Justifica me tornar inelegível por me juntar com embaixadores? Dois meses antes, o Fachin se juntou com os embaixadores”, declarou.
A flexibilização do texto foi proposta pelo PL e pode beneficiar o ex-presidente, que está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral.
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