O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 3ª feira (18.fev.2025) que a prioridade da oposição é a anistia dos presos de 8 de Janeiro e que acredita que a Câmara já tem quorum suficiente para aprová-la.
Bolsonaro também afirmou que chegou a ter uma conversa reservada com Gilberto Kassab, presidente do PSD –maior bancada do Senado– sobre o assunto.
“Hoje, o que eu sinto, conversando com parlamentares, como os do PSD, é que a maioria votaria, é favorável [à anistia] e eu acho que na Câmara já tem quorum para aprovar a anistia”, disse depois do almoço do Bloco Vanguarda, grupo partidário de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro afirmou que “para essas pessoas [presos pelos atos de 8 de Janeiro], cada segundo é uma eternidade”. “
“Imagine você ir dormir e acordar sem o filho do lado? Recebeu [Hugo Motta (Republicanos-PB)] aquela senhora com 6 filhos. O mais velho de 10 [anos], o mais jovem de 10 meses, cujo marido condenado 14 anos está foragido, talvez esteja na Argentina. Aí eu te pergunto, essa punição é justa? Essa dosimetria é justa? 14? 17 anos de cadeia?”, disse.
Bolsonaro afirmou não estar preocupado com a denúncia que a PGR (Procuradoria-Geral da República) deve apresentar contra ele sobre um suposto golpe de Estado para impedir a posse de Lula e criticou a Lei da Ficha Limpa, alegando que tem sido usada para “beneficiar a esquerda e perseguir a direita”.
“Olha, a Dilma, foi caçada aqui. O Lula tiraram da cadeia ele. Anularam os 3 processos e disputou a eleição. Olha, Sérgio Cabral tá elegível. O que eles me fizeram? O que eu fiz? Justifica me tornar inelegível por me juntar com embaixadores? Dois meses antes, o Fachin se juntou com os embaixadores”, disse.
A flexibilização do texto foi proposta pelo PL (Partido Liberal) e pode beneficiar o ex-presidente, que está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral.