O deputado federal Alcides Ribeiro (sem partido-GO) decidiu deixar o PL depois de a Polícia Civil abrir uma investigação sobre uma acusação de abuso sexual contra um menor de idade. Ao Poder360, o congressista afirmou que se desfiliou da legenda para “não comprometer” a reputação do partido.
Segundo apurou este jornal digital, Alcides optou pela desfiliação depois de pressões da cúpula do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Alcides enviou uma carta ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, no sábado (25.jan.2025). Justificou a decisão com “motivos alheios” à sua vontade. O deputado disse que o pedido foi feito depois de uma “análise cuidadosa das questões políticas e ideológicas do cenário partidário atual”, além de “razões de foro íntimo”. Eis a íntegra da carta (PDF – 14 KB).
“O pedido de anuência para a desfiliação partidária fundamenta-se na necessidade de preservar a coerência entre as minhas convicções políticas e as ações desenvolvidas no exercício do mandato parlamentar, sem que haja prejuízo aos compromissos assumidos com os eleitores que me elegeram”, declarou o congressista.
Em dezembro de 2024, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Aparecida de Goiânia (GO) realizou uma operação que incluiu o cumprimento de 3 mandados de prisão e 3 de busca e apreensão nas casas dos investigados. Na ocasião, o segurança de um deputado foi preso.
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos “restringiram a liberdade do adolescente, ameaçando-o com armas de fogo para que entregasse os celulares e fornecesse a senha do iCloud”. A polícia acredita que o crime teve como objetivo “ocultar uma relação íntima entre o adolescente e um parlamentar”.
Alcides concorreu à Prefeitura de Aparecida de Goiânia em 2024, mas foi derrotado no 2º turno por Leandro Vilela (MDB), candidato apoiado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO).