Bolsonaro critica “direita limpinha” e rejeita “3ª via” em eleições

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, criticou nesta 4ª feira (22.jan.2025) o que chamou de direita limpinha e rejeitou a ideia de uma “3ª via”. Sem citar nomes, afirmou que o objetivo deve ser “consertar o país”.

“Não fica inventando 3ª via, direita limpinha, não sei o quê, fazer um gestinho para lá para cá, com a sua inexperiência, com a sua até boa vontade, mas você não tem como enfrentar hoje em dia um sistema pelo povo”, afirmou em entrevista ao AuriVerde Brasil.

Perguntado sobre a presidência do Senado, Bolsonaro falou sobre uma união da direita, mas não entrou em detalhes sobre apoio a algum candidato.

Em uma entrevista anterior, na 2ª feira (20.jan), ao mesmo programa, o ex-presidente criticou a candidatura de Marcos Pontes (PL-SP), atual senador e ex-ministro, e afirmou que a candidatura era “lamentável”.

A bancada bolsonarista no Senado apoia a candidatura de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência da Casa, por recomendação de Bolsonaro. O PL deve indicar um nome para a vice-presidência do Senado.

Inelegibilidade

No programa, Bolsonaro também declarou que não há justificativa para sua inelegibilidade. “Hoje em dia não tem motivo. Tenho certeza absoluta, se Deus quiser, que se eu disputar as eleições, eu ganho”, afirmou.

O ex-presidente ainda disse que é questionado por seus amigos sobre motivo de desejar retornar à Presidência, considerando os desafios do cargo, e disse que sua motivação é “ajudar o país”.

Apesar de demonstrar confiança em um possível retorno político, Bolsonaro admitiu que enfrenta dificuldades por causa das investigações em curso.

Ele disse sentir que pode ser preso a qualquer momento, referindo-se aos 3 inquéritos conduzidos pela Polícia Federal: o caso das joias da Arábia Saudita, a investigação sobre a falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19 e a tentativa de golpe de Estado em 2023.

Como é que você acha que eu acordo todo dia? Com a sensação da PF na porta. Qual acusação? Não interessa”, declarou o ex-presidente.

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