Indiciado, Valdemar fez campanha para presidente eleito da OAB-SP

O presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, participou em Mogi das Cruzes (SP) em 9 de novembro do Encontro Oficial da Chapa 14, que concorria à presidência da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo) e cujo candidato a líder da entidade era seu sobrinho Leonardo Sica.

Sica foi eleito nesta 5ª feira (21.nov.2024) presidente da OAB-SP para o triênio de 2025 a 2027. Ou seja, no mesmo dia em que seu tio Valdemar foi indiciado pela PF (Polícia Federal) sobre o inquérito da suposta tentativa de Golpe de Estado em 2022.

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Reprodução/Instagram @andredoprado_ – 9.nov.2024

Valdemar, ao lado de sua mulher, Dana Costa, na 1ª fileira do encontro oficial da chapa 14, assiste seu sobrinho Leonardo Sica falar no evento; Sica foi eleito presidente da OAB-SP nesta 5ª feira

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Reprodução/Instagram @andredoprado_ – 9.nov.2024

Valdemar, ao lado de sua mulher, Dana Costa, na 1ª fileira do encontro oficial da chapa 14, de seu sobrinho Leonardo Sica, que foi eleito presidente da OAB-SP nesta 5ª feira

O indiciamento não significa que ele será preso nem que já é considerado culpado pela Justiça. O que a PF apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) foi o entendimento de que existem indícios suficientes para considerar alguém suspeito de um crime.

As provas contra os envolvidos foram obtidas pela PF ao longo de quase 2 anos, por meio de ações como quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaborações premiadas, buscas e apreensões, entre outras medidas autorizadas pela Justiça.

Além de Valdemar, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 35 pessoas foram indiciadas no caso. 

Eis abaixo os crimes pelos quais os envolvidos foram indiciados e a pena prevista:   

  • golpe de Estado: 4 a 12 anos de prisão;  
  • abolição violenta do Estado democrático de Direito: 4 a 8 anos de prisão; 
  • integrar organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão.

O relatório final da investigação foi enviado ao STF e o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deverá encaminhá-lo para a análise da PGR (Procuradoria Geral da República).

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