A revista Time incluiu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entre os 100 maiores líderes climáticos do mundo no ramo de negócios, ao lado de Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, Bill Gates, co-fundador da Microsoft, e do príncipe Harry. Leia a lista completa aqui.
Haddad faz parte da lista “titãs”, com as personalidades mais conhecidas. Eis outros nomes:
- Jennifer Granholm, secretária do Departamento de Energia dos EUA;
- Susana Muhamad, ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia;
- Ana Hidalgo, prefeita de Paris;
- Cláudia Sheinbaum, presidente do México;
- Sadiq Khan, prefeito de Londres;
- e Wang Chuanfu, CEO e fundador do BYD.
Segundo a revista Time, Haddad é responsável no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por transformar o maior país da América Latina em um líder climático global. A revista disse que o Brasil “antes estava atrasado em prioridades ambientais”.
Para a revista, o plano de transformação climática de Haddad visa a criação de milhões de novos empregos verdes e deve impulsionar um crescimento econômico significativo.
Em entrevista à Time, Haddad disse que o objetivo de seu trabalho é “mostrar que o planeta é capaz de conciliar uma agenda ambiciosa de sustentabilidade com uma agenda econômica e produtiva”. Disse também que houve 4 anos de “retrocesso sob o ex-presidente Jair Bolsonaro”.
A Time disse que uma das políticas é cortar fertilizantes estrangeiros para investir em produção agrícola doméstica mais verde. Outra é impulsionar o desenvolvimento de regiões mais pobres com a capacidade solar e linhas de transmissão para lugares com pouca eletricidade.
Haddad anunciou o Plano de Transformação Ecológica em agosto de 2023. O Poder360 mostrou que o governo do Brasil destinou R$ 8,18 bilhões arrecadados em títulos verdes para gastos sociais.
Outra medida elogiada é o PL (projeto de lei) 182 de 2024, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil. Segundo a revista, o país ficaria na frente de outras nações em desenvolvimento na vanguarda das finanças verdes, como Estados Unidos e Canadá.
“Haddad espera exercer essas ambições e um fundo inovador que visa arrecadar US$ 125 bilhões para florestas tropicais ao redor do mundo, quando o Brasil sediar o G20 em novembro e a cúpula climática anual da COP da ONU no ano que vem”, disse a revista.