O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo nesta 5ª feira (12.set.2024) reagindo à experiência do designer britânico Thomas Thwaites que resolveu se transformar no “homem-cabra”.
“Uma pessoa se sentir uma cabra ou seja lá que bicho for é resultado do exposto acima [doutrinação ideológica] para controle de massa de manobra”, declarou o ex-chefe do Executivo em publicação no Instagram.
“Destruir psicologicamente e fisicamente é parte da estratégia de controle absoluto do povo, passando também pela famigerada agenda ESG/woke”, continuou Bolsonaro.
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HOMEM-CABRA
O caso do “homem-cabra” se deu em 2015. Segundo a reportagem da agência de notícias AFP, Thwaites, à época desempregado e enfrentando uma crise existencial, resolveu experimentar a vida como uma cabra.
O designer desenvolveu próteses para se locomover com “patas”. Também passou por um tratamento neurológico para bloquear a capacidade de falar. Depois disso, passou 3 dias para viver com um rebanho de cabras nos Alpes suíços. A experiência foi detalhada no seu livro “GoatMan: How I Take a Holiday from Being Human (Homem-cabra: Como eu tirei férias de ser humano, em tradução para o português)”.
ENTENDA O QUE É CULTURA WOKE
Na última década, o termo woke também ganhou o sentido de “consciência sobre temas sociais e políticos, especialmente racismo”, como define o dicionário Oxford. Pessoas passaram a se autodefinir como woke para se identificar como parte de uma cultura liberal.
Por outro lado, a palavra também passou a ser usada por quem desaprova integrantes dessa cultura e considera seus integrantes “pessoas que falam demais sobre esse temas [sociais], de uma forma que não muda nada”, também segundo o dicionário Oxford.
A desaprovação mira em métodos de coerção usados para desestimular o uso de expressões consideradas homofóbicas, misóginas ou racistas. Um dos pontos criticados é o “cancelamento”, um tipo de boicote a quem faz uso desse tipo de termos.
De um lado, defensores da abordagem woke dizem que esse tipo de protesto não violento dá visibilidade a grupos historicamente oprimidos e corrige comportamentos de setores privilegiados que nunca haviam refletido sobre o assunto. De outro, há a acusação de que sejam “policiais da linguagem”.