O ex-coach e empresário Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, ganhou 97.227 seguidores em seu perfil reserva no Instagram depois do ato do 7 de Setembro na avenida Paulista. Somou, até às 10h30 de 2ª feira (9.set.2024), 4.402.242 seguidores na rede social, segundo levantamento realizado pelo Poder360.
Marçal usa uma conta reserva desde que teve os seus perfis oficiais banidos por determinação do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), em 24 de agosto. O candidato do PRTB é investigado por suspeita de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação.
Por outro lado, o atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) perdeu 2.025 seguidores em seu perfil depois de participar do ato. Foi o único entre os principais concorrentes a registrar queda.
O número de seguidores do prefeito no Instagram teve um crescimento constante desde 31 de agosto até a manhã do ato, quando somava 1.000.381. Porém, no domingo (8.set), Nunes perdeu 1.100 seguidores, e, na 2ª feira (9.set), totalizou 2.025 perdas. Foi a 998.356 seguidores no total.
Outros candidatos também apresentaram crescimento, embora em menor escala. Guilherme Boulos (Psol) ganhou 1.869 seguidores; Tabata Amaral (PSB) registrou um acréscimo de 2.114 novos seguidores.
A economista Marina Helena (Novo) perdeu 18.996 seguidores em seu perfil depois do ato de 7 de setembro, mas os números voltaram a crescer na 2ª feira (9.set). No fim, o saldo positivo da candidata foi de 2.479 seguidores a mais, somando 335.617 no total.
O apresentador José Luiz Datena (PSDB), por sua vez, manteve-se estável em seu perfil, com um discreto aumento de 42 seguidores no período.
PARTICIPAÇÃO DOS POLÍTICOS NOS ATOS
No sábado (7.set), congressistas bolsonaristas pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), cobraram anistia aos presos pelo 8 de Janeiro e saíram em defesa do empresário Elon Musk durante ato convocado na av. Paulista, em São Paulo. De acordo com levantamento do Poder360, o evento contou com cerca de 58.000 pessoas.
Marçal compareceu ao ato na parte final. Segundo sua assessoria, ele foi impedido de subir no trio elétrico onde estava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já o ex-chefe do Executivo disse que Marçal tentou se aproveitar de ato para sua campanha. O organizador da manifestação, o pastor Silas Malafaia, disse que o empresário “é mentiroso” e foi ao ato para fazer “cortes” para as redes sociais.
Na noite de domingo (8.set), Marçal sinalizou que não é “hora de ir para cima” de Bolsonaro. O empresário ainda usou de personagens bíblicos para comparar sua relação com o ex-presidente: “O Davi precisa ter paciência para o reinado de Saul chegar ao fim”. A discussão resultou na movimentação nas redes sociais do ex-coach.
Já Nunes participou de forma discreta da manifestação e não fez discurso. A assessoria do prefeito disse ao Poder360 que ele subiu no trio elétrico ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de seu candidato a vice, coronel Mello Araújo (PL).
A participação tímida do prefeito vem em um momento que espera um apoio mais explícito de Bolsonaro à sua candidatura. O avanço de Marçal na disputa pela Prefeitura de São Paulo divide os apoiadores do ex-presidente.
No 7 de Setembro, Tabata visitou o Largo do Japonês, no bairro Cachoeirinha, região da Casa Verde. Já Boulos fez ato em Heliópolis com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP). Depois, o candidato foi à Bienal do Livro.
No dia, a economista Maria Helena também foi ao ato na Paulista e esteve ao lado de políticos do partido, como o deputado Marcel van Hattem (RS), o ex-deputado Deltan Dallagnol e o governador de Minas Gerais Romeu Zema.
Esta reportagem foi produzida pela estagiária de jornalismo Lorranne Miranda sob a supervisão da secretária de Redação adjunta Sabrina Freire.
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