“Depois da eleição, está tudo certo”, diz Marçal sobre Bolsonaro

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) negou na noite de 5ª feira (22.ago.2024) que tenha havido uma ruptura definitiva com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depois da troca de farpas em uma publicação no perfil do ex-chefe do Executivo. Ele classificou o caso como uma discussão eleitoral. 

Depois que passa a eleição, está tudo certo. Eu fui candidato a presidente em 2022. A gente acabou tendo uns problemas também e depois eu apoiei ele. Ajudei ele na eleição dele”, disse a jornalistas, citado pela CNN Brasil. “O político não pode pensar com o intestino”, acrescentou. 

Segundo Marçal, o episódio é culpa do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente. “O Carlos que tem problema comigo”, disse. 

Na 5ª feira (22.ago), Marçal comentou no post de Bolsonaro: “como você disse: eles vão sentir saudades de nós”. O ex-presidente respondeu: “Nós? Um abraço”.

Marçal afirmou que doou R$ 100 mil para campanha de Bolsonaro à Presidência em 2022, além de ter ajudado com estratégias digitais e gravado mais de 800 vídeos no Planalto. “Se não existe o nós, seja mais claro”, escreveu.

Conforme Marçal, ele e Bolsonaro almoçaram recentemente e, para ele, todos os desentendimentos foram resolvidos. “Você me deu a medalha e eu continuo te respeitando”.

O candidato afirmou que entrou para a lista de investigados da PF (Polícia Federal) por ter ajudado Bolsonaro e cobrou o dinheiro que doou ao ex-chefe do Executivo para sua campanha.

Se o capitão quiser me tirar do ‘nós’, me ajude devolvendo os 100 mil reais depositando na minha campanha aqui de prefeito a São Paulo, pois não estou usando dinheiro público e não vou colocar o meu próprio dinheiro, para não ser investigado mais uma vez. Se porventura o senhor não quiser ajudar na campanha, considere o Nós como correto”, escreveu.

Eis as publicações:

Ao Poder360, Bolsonaro disse que desconhecia a doação feita por Marçal à sua campanha em 2022 até a repercussão da troca de mensagens de 5ª feira (22.ago). 

O ex-presidente afirmou que a doação foi de R$ 160 mil, feita ao partido. Bolsonaro declarou que a forma como Marçal expôs o caso nas redes sociais dá a entender que a quantia seria trocada por favores políticos.

Ele dá a entender que se eu tivesse sido reeleito presidente ele ia querer uma secretaria ou ministério”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro disse que Marçal se aproveita da associação com ele, mas que “não é verdade” que tenha dado qualquer tipo de apoio eleitoral ao empresário.

Este jornal digital procurou a assessoria de Pablo Marçal, em contato feito pelo WhatsApp, para perguntar se ele gostaria de se manifestar sobre as falas de Bolsonaro, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para a manifestação.

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