Investigado, ex-Jovem Pan diz que Moraes está “perto” de ser preso

O ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo defendeu na noite de 3ª feira (13.ago.2024) o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele foi um dos alvos de relatórios produzidos de forma não oficial para embasar no inquérito das fake news contra aliados do então presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022. A informação publicada em reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Para Paulo Figueiredo diz que “está chegando mais perto” de Moraes ser preso do que do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-apresentador disse em live, realizada no YouTube na noite de 3ª feira (13.ago), que esse é momento pode ser apelidado como “vaza jato do Xandão”.

Figueiredo afirma que Moraes não é um juiz imparcial e “fraudou o devido processo legal”. Ele comentou sobre os diálogos que o ministro teve com o juiz e seu assessor Airton Vieira. Figueiredo diz, em live, que Moraes tinha como “alvos” Rodrigo Constantino e ele. Ele também elogiou o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, um dos autores da reportagem. 

O grupo Jovem Pan decidiu em 10 de janeiro de 2023 afastar os comentaristas Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e Zoe Martínez por tempo indeterminado, segundo apurou o Poder360. A medida foi tomada pelo Conselho do grupo depois de o MPF-SP (Ministério Público Federal em São Paulo) instaurar um inquérito para apurar a conduta da rede de comunicação de disseminar fake news e incentivar atos extremistas contra instituições brasileiras.

Paulo Figueiredo se tornou alvo do TSE pela divulgação de um documento que serviria como suposto apoio de militares a uma possível “ruptura democrática“. De acordo com Moraes, ele teria atuado na “dinâmica de coordenação de atividades que norteava a atuação do grupo”.

O QUE DIZEM MORAES E OUTROS CITADOS

Em nota, o gabinete de Moras disse que todos os procedimentos dos inquéritos das fake news e das milícias digitais foram “oficiais, regulares e estão devidamente documentados” na Corte.

O ministro afirmou que, ao longo da tramitação dos inquéritos, foram feitas solicitações a diversos órgãos, inclusive ao TSE, que tem poder de polícia e, portanto, segundo ele, competência para elaborar relatórios sobre atividades ilícitas, “como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à Democracia e às instituições”.

“Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais. Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexas e enviadas à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria Geral da República”, disse.

A nota ainda diz que os procedimentos tiveram “integral participação” da PGR (Procuradoria Geral da República).

O Poder360 tentou entrar em contato com Airton Vieira e Eduardo Tagliaferro, mas não teve sucesso em encontrar um telefone ou e-mail válido para informar sobre o conteúdo desta reportagem. Este jornal digital seguirá tentando fazer contato com ambos e este texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.

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Reprodução/Redes sociais

Na imagem, Tagliaferro (de terno, à esq.) e Airton Vieira (de camisa azul, à dir.)

Leia a íntegra da nota do gabinete do ministro Alexandre de Moraes: 

“O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, no curso das investigações do Inq 4781 (Fake News) e do Inq 4878 (milícias digitais), nos termos regimentais, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à Democracia e às Instituições. Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais. Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexas e enviadas à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria Geral da República. Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República.”

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