O site do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi alvo de uma invasão na noite de sábado (15.jun.2024). Ao acessar a página, o que aparecia era um post antigo feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no X (antigo Twitter).
“Nossos fãs não param de crescer. Siga o Lula no Instagram: http://instagram.com/LulaOficial”, diz a publicação do petista de 13 de junho de 2018. O texto é acompanhado por uma imagem com o print de uma publicação do jornal O Globo com o título “Eduardo Bolsonaro curte foto de Lula sem camisa em praia do Piauí”.
“Já segue o Lula no Instagram? Até o filho do Bolsonaro curte”, lê-se.
Além do site do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), as páginas pessoais dos deputados federais do PL Bia Kicis (DF), Alexandre Ramagem (RJ) e Delegado Paulo Bilynskyj (SP) também foram derrubadas. Ao tentar acessar os sites, são exibidas mensagens de indisponibilidade.
Os ataques se dão em meio ao debate sobre o PL (projeto de lei) 1.904 de 2024, que ficou conhecido como PL “antiaborto”. Todos os citados se manifestaram favoravelmente à medida.
Em seu perfil no X, Bia Kicis classificou o ataque como “criminoso, de alguém intolerante, que não respeita quem pensa diferente” e disse que vai “denunciar os responsáveis”.
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PL do aborto
O projeto é de autoria do deputado e pastor evangélico Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), com coautoria de outros 32 congressistas da Casa Baixa. Na 4ª feira (12.jun), em votação relâmpago, a Câmara aprovou a urgência do PL, para que o texto seja analisado diretamente no plenário, sem a necessidade de passar por comissões temáticas.
O texto estabelece que, caso uma mulher interrompa uma gravidez “viável” depois de 22 semanas de gestação, ela poderá ser punida com a mesma pena de um crime de homicídio. A regra valeria para situações que hoje contam com a possibilidade de aborto. São elas: estupro, risco de vida da mãe e feto anencéfalo.