Alckmin e Dilma formalizam R$ 5,7 bi do Banco do Brics para o RS

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e a a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics, Dilma Rousseff, assinaram nesta 3ª feira (4.jun.2024) uma carta-compromisso que destina US$ 495 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões) para a reconstrução do Rio Grande do Sul. O documento foi assinado durante visita de Alckmin a Pequim, na China.

Além dos recursos do NDB, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o Banco do Brasil e o Banco Regional do Extremo Sul irão disponibilizar outros US$ 620 milhões, totalizando US$ 1,11 bilhão (R$ 5,75 bilhões) em investimentos ao Estado.

“Agradeço ao NDB, por meio da presidenta Dilma, por todo apoio que vem oferecendo ao povo gaúcho diante desta catástrofe sem precedentes”, afirmou Alckmin.

Os recursos de US$ 495 milhões serão distribuídos da seguinte forma:

  • US$ 200 milhões: para infraestrutura, incluindo investimentos em rodovias, pontes, vias urbanas e outras instalações;
  • US$ 295 milhões: serão canalizados pelo BRDE e destinados exclusivamente às necessidades do Rio Grande do Sul.

“Tenho convicção de que a reconstrução do estado será maior que a destruição”, disse Alckmin durante assinatura da carta-compromisso.

Conforme mostrou o Poder360, mais da metade do US$ 1,11 bilhão (o equivalente a R$ 5,75 bilhões) anunciado por Dilma Rousseff para ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul já estava acertada em contratos assinados pela instituição com o governo brasileiro de 2020 a 2023 e foram apenas realocados. O modelo adotado para os repasses é anterior à sua gestão.

Do total:

  • US$ 370 milhões foram fechados na gestão de Jair Bolsonaro (PL), quando Marcos Troyjo comandava a instituição;
  • US$ 250 milhões foram negociados no governo Bolsonaro, mas aprovados na administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já na gestão de Dilma.

Transição verde

Dilma Rousseff e Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, também trataram no encontro de temas como transição verde, crescimento econômico e as prioridades brasileiras na presidência do G20.

O vice-presidente disse que o Brasil deve seguir investindo na transição verde e de fortalecer a indústria brasileira, por meio da diversificação da base produtiva.

Também afirmou que há um desejo do governo brasileiro em aprofundar as relações com o NDB de modo apoiar a agenda brasileira no G20, especialmente quando se trata da Aliança Global contra a fome e a pobreza.

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