A taxa de eleitores que dizem preferir o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao de Jair Bolsonaro (PL) despencou 13 pontos percentuais desde janeiro de 2024. No início deste ano, havia 51% dos eleitores declarando que a gestão petista era “melhor” que a bolsonarista. Em março, a taxa já havia caído para 44%. Agora, está em 38%. É o menor patamar desde o início do mandato. Os dados são da pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de maio de 2024, com margem de erro de 2 pontos percentuais.
Na outra ponta, 41% dos brasileiros afirmam que o governo atual é “pior” que o seu antecessor. O número se manteve inalterado desde março. Mas agora é a 1ª vez que a taxa supera numericamente a dos que dizem que a administração Lula é “melhor”, como mostra o infográfico a seguir:
Há uma curiosidade nas respostas em que os eleitores comparam os governos Lula e Bolsonaro. O gráfico acima mostra que a administração do ex-presidente tem uma avaliação quase imóvel. O que tem piorado é o juízo que os eleitores fazem da gestão petista.
Ocorre então um fenômeno: o grupo decepcionado com o atual presidente não diz que Lula é pior do que Bolsonaro. Esses eleitores migraram para a opção de dizer que as duas administrações são iguais –eram 9% nessa categoria em janeiro. Agora, são 18%.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData com recursos próprios. Os dados foram coletados de 25 a 27 de maio de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 211 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
ESTRATIFICAÇÃO
O Poder360 destaca:
- os que consideram que o governo Lula está melhor que o de Bolsonaro – as taxas são mais altas entre jovens de 16 a 24 anos (51%) e pessoas que completaram o ensino fundamental (44%);
- os que consideram que o governo Lula está pior que o de Bolsonaro – os percentuais são mais altos entre os adultos de 25 a 44 anos (51%) e pessoas que completaram o ensino médio (49%).
CRUZAMENTOS
O PoderData cruzou os dados de comparação entre os governos com a religião do entrevistado. A avaliação positiva do governo Lula segue mais alta entre os católicos (48%) do que entre os evangélicos (17%). No último grupo, tradicionalmente mais crítico ao petista, mais da metade (56%) considera o governo Lula “pior” que o de Bolsonaro.
Já no cruzamento com o voto do entrevistado no 2º turno de 2022, entre os que votaram no petista, 9% declaram que o governo está “pior” que o anterior e outros 21% dizem que a gestão de ambos é “igual”.
PODERDATA
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Leia mais dados desta rodada:
- 47% reprovam e 45% aprovam governo Lula, diz PoderData
- 55% dos católicos e 27% dos evangélicos aprovam Lula, diz PoderData
METODOLOGIA
A pesquisa PoderData foi realizada de 25 a 27 de maio de 2024. Foram entrevistadas 2.500 pessoas com 16 anos de idade ou mais em 211 municípios nas 27 unidades da Federação. Foi aplicada uma ponderação paramétrica para compensar desproporcionalidades nas variáveis de sexo, idade, grau de instrução, região e renda. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
As entrevistas foram realizadas por telefone (para linhas fixas e de celulares), por meio do sistema URA (Unidade de Resposta Audível), em que o entrevistado ouve perguntas gravadas e responde por meio do teclado do aparelho. O intervalo de confiança do estudo é de 95%.
Para facilitar a leitura, os resultados da pesquisa foram arredondados. Por causa desse processo, é possível que o somatório de algum dos resultados seja diferente de 100. Diferenças entre as frequências totais e os percentuais em tabelas de cruzamento de variáveis podem aparecer por conta de ocorrências de não resposta. Este estudo foi realizado com recursos próprios do PoderData, empresa de pesquisas que faz parte do grupo de mídia Poder360 Jornalismo.