O advogado Cezar Bitencourt, que defende o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro (PL), afirmou à CNN que o indiciamento da Polícia Federal (PF) dos envolvidos no caso da fraude no cartão de vacina do então presidente, revelado nesta terça-feira (19), não estava previsto no acordo de colaboração premiada.
“Não corresponde ao nosso acordo de colaboração premiada. Nós discordamos veementemente deste [indiciamento]. É uma agressão ao acordo que foi celebrado. Não era para fazer esse indiciamento”, disse.
De acordo com ele, a defesa irá questionar o relatório. “Esse questionamento, essa briga, é dentro dos autos que a gente vai ter. Com a Polícia Federal, com o ministro relator, seja com quem for. Não é para ser assim.”
“Não é para fazer indiciamento. É para verificar a eficiência da delação. Em sendo eficiente — como foi, como foi reconhecido pela própria Polícia Federal de que a delação foi eficiente e contribuiu da forma que tinha que fazer — não pode ter aplicação de pena. É simples. Mas eu acho que não pode sequer haver denúncia. É isso que nós vamos questionar ainda”, acrescentou.
A PF indiciou o ex-presidente, o tenente-coronel e outras 15 pessoas por participação em esquema de fraude em registro no cartão vacinal contra a Covid-19.
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