Líder da direita em Portugal diz que vetará Lula no país caso eleito

Às vésperas das eleições legislativas de Portugal, o líder do partido da direita Chega, André Ventura, afirmou que se for eleito como primeiro-ministro, proibirá a entrada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no país em 25 de abril, data em que se comemora a Revolução dos Cravos.

“Se o Chega vencer as eleições legislativas, o senhor presidente do Brasil, Lula da Silva, não vai entrar em Portugal”, falou o deputado.

Assista (2min47s):

O conservador disse ainda que prenderá Lula se o chefe do Executivo brasileiro insistir e for a Portugal. “Eu garanto-vos que, se eu for primeiro-ministro, o senhor Lula da Silva ficará no aeroporto. E, se insistir, vai para uma cadeia”, declarou.

Ventura afirmou que“isso não será uma grande novidade para ele”. Fez a fala em provocação a Lula, visto que o petista ficou preso por 580 dias preso na Super Intendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).

Além disso, declarou querer limitar a entrada do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez. “Só entrará quando necessário, porque também não queremos que entre muitas vezes”, disse.

“Este governo não vai deixar entrar estes corruptos internacionais aqui no nosso território”, afirmou Ventura.

Sánchez se reuniu com Lula na 4ª feira (6.mar.2024) no Palácio do Planalto. O assunto principal discutido entre os líderes foi o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

Em 2 de janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um vídeo em que declara apoio ao deputado conservador. Ventura compartilhou a gravação no perfil dele no X.

“A todos de Portugal, em especial aos brasileiros, nós temos um encontro aí com as urnas. É muito importante para todos nós que André Ventura, do Chega, consiga essa cadeira de primeiro-ministro”, afirmou Bolsonaro na gravação.

Ventura agradeceu o apoio do ex-presidente: “Agradeço ao ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a mensagem de apoio para as legislativas 2024. Eles sabem bem como a esquerda tornou o seu país em um antro de miséria e corrupção”, escreveu.

Conforme pesquisa do Paraná Pesquisas publicada em 22 de fevereiro, há um empate técnico triplo entre a coligação AD (Aliança Democrática) –composta pelo PPM (Partido Popular Monárquico), PSD (Partido Social Democrata) e o CDS (Partido Popular)–, o Partido Socialista, de centro-esquerda, e o partido português de direita, Chega.

As intenções de voto são de 21,4%, 21,1% e 16,9%, respectivamente, com uma margem de erro de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos, no cenário espontâneo –única metodologia testada no levantamento. Eis a íntegra (PDF – 287 kB).

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