Cappelli critica fala de Ibaneis sobre evitar presença de Lula

O presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Ricardo Cappelli ,criticou nesta 3ª feira (18.mar.2025) a fala do governador de Brasília, Ibaneis Rocha (MDB), que disse não “pisar em território” em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “esteja presente”. 

Cappelli, que foi interventor federal na segurança pública do Distrito Federal depois dos atos de 8 de Janeiro, declarou em seu perfil oficial no X  (ex-Twitter) que a fala demonstra “todo o despreparo” do governador. 

Segundo o Metrópoles, Ibaneis deixou de ir à cerimônia de posse do presidente e de outros cargos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Nacional na 2ª feira (17.mar) por causa da presença de Lula no evento.

“Não compreende o seu papel de anfitrião dos Poderes da República. A saúde na capital do Brasil vive um caos. Vai trabalhar, Ibaneis!”, escreveu Cappelli.


 

ENTENDA O CASO

A fala de Ibaneis foi compartilhada, depois da sua ausência no evento de posse da OAB, mesmo sendo um ex-presidente da OAB no Distrito Federal e ter ocupado outros cargos na organização. Ele justificou sua ausência em evento ao afirmar que não participaria enquanto o presidente Lula estivesse presente.

Segundo a coluna “Grande Angular” do portal Metrópoles, Ibaneis enviou mensagem ao presidente eleito para o conselho, Beto Simonetti: “Fiz um compromisso comigo que não piso em território que o presidente Lula esteja presente, pelo menos até que ele se retrate comigo por ter me acusado, de forma leviana, de ter sido cúmplice do Bolsonaro no 8/1″, escreveu Ibaneis, segundo o Metrópoles.

Na mensagem a Simonetti, o governador também desejou ao presidente da CFOAB (Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil) “toda felicidade” em seu 2º mandato.

Em entrevista concedida ao jornal O Globo 1 ano depois dos atos nos prédios do Congresso, do STF e no Palácio do Planalto, Lula afirmou que havia “um pacto” entre Ibaneis Rocha e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que permitiria o 8 de Janeiro. 
 
O caso levou ao afastamento do governador por 90 dias, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Em março de 2024, Moraes arquivou a investigação contra Ibaneis, que estava sendo investigado por associação criminosa e tentativa de golpe de Estado. 

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