O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Fabio Wajngarten disse ao Poder360 nesta 6ª feira (9.fev.2024) ter “provado” que o STF (Supremo Tribunal Federal) “não tem nada contra Bolsonaro”. Segundo ele, o decreto do golpe encontrado na sede do PL, em Brasília, é cópia impressa de arquivo armazenado no celular do ex-ajudantes de ordens do antigo chefe do Executivo, o tenente-coronel Mauro Cid, como afirmou o também advogado Paulo Cunha Bueno.
“Acho que o dia de ontem começou ruim e terminou melhor. Isso porque não tínhamos inicialmente acesso aos autos e depois desmentimos que o tema da tal minuta seria novo. A Polícia Federal bateu o pé, mas provamos que o conteúdo é o mesmo do que foi encontrado com Mauro Cid”, afirmou.
Wajngarten também disse que o vídeo o qual deu sustentação à operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF (Polícia Federal) na 5ª feira (8.fev), é a “materialização completa de que o presidente jamais apoiou qualquer ato que fosse fora das 4 linhas da lei”.
“Trata-se de uma demonstração clara, direta e objetiva que o [ex-] presidente nunca concordou ou apoiou nada que não fosse republicano. Todas as opiniões dele são públicas, noticiadas e conhecidas. Não tem nada escondido, pois faz parte do jogo político”, disse.
O sigilo do vídeo em questão foi suspenso nesta 6ª feira (9.fev) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Por meio de seu perfil no X (ex-Twitter), o advogado do Bolsonaro afirmou ainda que todas as declarações que o ex-chefe do Executivo deu no vídeo são públicas e fazem parte da democracia.
“Ficou absolutamente claro que o presidente condena e rejeita qualquer uso da força”, declarou.
Assista ao vídeo completo da reunião (1h2min26s):
ENTENDA O CASO
Moraes autorizou na 5ª feira (8.fev) operação da PF que mirou Bolsonaro, seus aliados e ex-integrantes de seu governo. Eis a íntegra da decisão (PDF – 8 MB).
Na decisão, Moraes afirma que Bolsonaro teria “redigido e ajustado” o decreto que pedia a prisão de autoridades e convocava novas eleições. Segundo relatório da PF, o ex-presidente convocou reuniões com militares da alta patente do Exército para tratar da instalação de um regime de exceção.
O suposto decreto mencionado na investigação estabelecia a prisão dos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além da convocação de novas eleições. A justificativa seria suposta interferência do Judiciário no Executivo.
Leia mais: