2025 começa com PT e PSDB quase extintos no Estado de São Paulo

Por quase duas décadas, PSDB e PT dominaram o cenário político paulista. Os tucanos tinham o maior número de prefeituras e o governo estadual. O PT chegou a ser o 2º partido com maior número de prefeitos. Mas esse cenário mudou.

Nas eleições de 2024, o PSD, de Gilberto Kassab, o Republicanos, do governador Tarcísio de Freitas, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, assumiram o protagonismo no maior e mais rico Estado do país.

O PSD começará o ano de 2025 com 208 prefeitos paulistas (havia conquistado 67 em 2020). O 2º lugar está com o PL, que terá 105 cidades (antes eram 42). O 3º posto é do Republicanos, com 87 cidades (depois de ter obtido só 23 prefeitos em 2020).

PT e PSDB sequer podem ostentar o posto de coadjuvantes. Foram praticamente extintos no Estado onde nasceram. São Paulo é o berço político do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 79 anos, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), 93 anos, expoentes máximos das duas legendas.

Os tucanos, que elegeram 180 prefeitos em 2020, passaram para 22. O PT continuou com 4. Mas perdeu em número de eleitores governados.

O PT só tem 1 prefeito na Grande São Paulo, berço político do movimento operário e da legenda. Manteve o comando de Mauá, com a reeleição de Marcelo Oliveira.

Os petistas também elegeram candidatos em Matão (que já comandava), Santa Lúcia e Lucianópolis, no interior do Estado. Nenhuma chega a 100 mil habitantes. Segundo o IBGE, têm 79.033, 7.149 e 2.372 moradores, respectivamente.

O PT pretendia elevar para 20 o número de cidades paulistas governadas. A estratégia não funcionou.

Na soma do eleitorado governado, as 4 cidades de hoje abrigam 893.327 votantes. A partir do próximo ano, os 4 municípios paulistas sob o PT terão apenas 391.619 eleitores. Uma queda de 501.708.

O PSDB enfrenta longa derrocada, acentuada em 2022, com a derrota de Rodrigo Garcia nas eleições para governador. A partir de então, o PSDB se esfarelou. Perdeu prefeitos, sobretudo para Kassab.

O PT não conseguiu se recuperar em eleições municipais, a partir de 2016, dos efeitos da operação Lava Jato, que prendeu integrantes do partido, incluindo o próprio presidente Lula, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo o caso do triplex no Guarujá.

O resultado é que mudaram os grupos que dão os rumos à política em São Paulo. E isso está presente em todas as regiões.

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