O deputado federal e candidato derrotado no 2º turno das eleições municipais de São Paulo Guilherme Boulos (Psol-SP) disse nesta 5ª feira (7.nov.2024) que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) “não será presidente em 2026”. Afirmou que “quem pode livrar o Brasil da barbárie” é a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em seu 1º pronunciamento público desde que foi derrotado no 2º turno das eleições municipais, o psolista voltou a dizer que não perdeu para o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB), mas para uma “máquina” que busca “restaurar a extrema-direita em 2026”.
Disse que a eleição de Donald Trump nos EUA “animou” o debate sobre reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que, para isso, “vão ter que passar por cima” da esquerda.
“A gente está vendo uma ofensiva da extrema-direita. Todo mundo viu o que aconteceu nos Estados Unidos. Animou uma turma do lado de lá a dizer que o inelegível tem que se tornar elegível para ser candidato. Eles vão ter que passar por cima da gente, porque não vai ser. E outra, o Tarcísio que coloque a viola no saco porque não será presidente da República deste país em 2026”, disse em ato no centro da capital paulista.
AUTOCRÍTICA
O deputado fez uma crítica ao campo da esquerda quanto à sua capilaridade e capacidade de diálogo com a população.
“Quando vemos gente que usa o SUS [Sistema Único de Saúde] e têm filhos no sistema público votar em um candidato que defende Estado mínimo e privatizar tudo, é porque em algo a gente errou”, disse.
Boulos disse que a direita ganhou espaço por se apropriar de valores na sociedade e reconheceu que a esquerda foi derrotada nacionalmente e que o “único” que pode vencer em 2026 é Lula. Defendeu a formação de alianças e coalizões para agir de forma “unitária”.
“Quem pode nos livrar da extrema-direita, seja aquela raiz e virulenta, ou aquela que come de garfo e faca […] quem pode nos tirar desse caminho da barbárie e do fundamentalismo é o presidente Lula. Nós temos que estar aqui em fileiras cerradas para poder construir uma campanha de derrota a extrema-direita no Brasil”.