Sem vaquinhas, Carlos Bolsonaro depende de recursos do PL

O vereador Carlos Bolsonaro (PL) tem adotado uma estratégia diferente para financiar sua campanha de reeleição no Rio nas eleições municipais de 2024. O 2º filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou de ter o financiamento coletivo, conhecido popularmente como vaquinhas,  como carro-chefe de sua arrecadação e passou a depender de recursos de seu partido, o PL (Partido Liberal).

Em 2020, Carlos foi um dos campeões de arrecadação por doações feitas por apoiadores por meio da internet, com R$ 60.900. Foi a principal forma de entrada de recursos na campanha.

Naquele ano, o filho de Bolsonaro era filiado ao Republicanos. Não recebeu transferências em espécie do partido, só doações de serviços vindos de Marcelo Crivella (Republicanos), que tentava se reeleger à Prefeitura do Rio pela mesma sigla. A campanha de Carlos estimou em R$ 26.000 os serviços de produção de adesivos e cards.

As informações constam no DivulgaCand, plataforma do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

2024: SEM VAQUINHAS E COM FUNDO ELEITORAL

Em 2024, Carlos abandonou as vaquinhas e passou a depender quase exclusivamente de recursos do partido. 

Até esta 4ª feira (18.set.2024), a campanha de Carlos Bolsonaro registrava no DivulgaCand R$ 1,85 milhão em caixa: 95% (R$ 1,8 milhão) veio do PL, comandado por Valdemar da Costa Neto.

A dependência contradiz uma declaração antiga do vereador contrária ao Fundo Eleitoral.

“Desde sempre nos colocamos contra o tal Fundão Eleitoral. No início da campanha, informamos que não aceitaríamos verbas do Fundão. Prova disso é que nunca houve doação direta desta fonte para minha candidatura”, disse em outubro de 2020.

Não há registros de recursos doados pela internet. O vereador também não menciona qualquer campanha de arrecadação em seu site ou perfil no Instagram.

IMÓVEL DE JAIR BOLSONARO

Além da verba do PL, a campanha de reeleição de Carlos conta com R$ 8.682 de outras origens, dos quais, R$ 7.600 pela doação de consultoria paga pela campanha de Índia Armelau (PL), candidata a vice-prefeita do Rio na chapa de Alexandre Ramagem (PL).

O restante foi pela cessão de um imóvel feita por Jair Bolsonaro para o filho usar em campanha, o que foi estimado em R$ 1.000. 

O Poder360 entrou em contato por e-mail e por telefone com o gabinete e com a assessoria de campanha do Carlos Bolsonaro para entender o motivo da mudança de financiamento. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.

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