Os candidatos a prefeitura das mais de cinco mil cidades brasileiras estrearam nesta sexta-feira (30) suas aparições oficiais na TV e no rádio. De modo geral, a campanha dos postulantes ao cargo de prefeito decidiu usar um tom biográfico para o pontapé inicial.
A exceção é José Luiz Datena (PSDB), que já é conhecido da população paulistana. O apresentador de TV elencou segurança e saúde como prioridades para a estreia.
“A campanha do Datena vai focar no que tem de mais efetivo. A força da sua presença televisiva. Vamos explorar a sua presença de tela para construir conhecimento na população de que o Datena que ela conhece de tantos anos agora é candidato a prefeito”, afirmou a campanha à CNN.
Também com pouco tempo perto dos adversários, Tabata Amaral, do PSB, apostará em suas origens na Vila Missionária, periferia da cidade, para se apresentar. Diferentemente da estratégia nas redes, Tabata não usará a TV para falar de Pablo Marçal – e sim, dela mesma.
“Os primeiros programas vão ser focados em apresentar a Tabata, mostrar a história e a origem dela na periferia e o compromisso com o combate à desigualdade. Eu diria até que independentemente do tempo disponível. São mídias com características diferentes, ne? Inclusive com regras específicas”, contou à CNN o jornalista Pedro Simões, responsável pela estratégia de Tabata.
Ricardo Nunes (MDB), que divide com Tabata os espólios políticos da equipe que compunha o primeiro escalão do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), começa as inserções na TV com o filho do antecessor, Tomás, tentando transmitir logo de cara a mensagem de que continuará os planos do tucano morto em 2021. Nunes também terá Bolsonaro no programa inaugural, em seus mais de seis minutos de tempo de TV.
Guilherme Boulos (PSOL) apostou em seu padrinho político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na primeira propaganda veiculada na TV, Boulos aparece ao lado de sua esposa, filhas e do casal Lula e Janja. A intenção dos marketeiros é “suavizar a imagem” e combater a pecha de militante e invasor.
Pablo Marçal, do PRTB, apesar de bem colocado na disputa, não terá tempo de TV por causa da representatividade partidária. A legenda não tem deputados federais e por isso ficou de fora do rateio do tempo de TV. Marçal já teve todas as redes sociais derrubadas por uma decisão judicial. A única que se mantinha de pé na manhã desta sexta (30) era o X/Twitter que, por causa da decisão de Alexandre de Moraes, pode cair a qualquer momento.
Este conteúdo foi originalmente publicado em SP: Tom biográfico, Lula e Bolsonaro marcam estreia de candidatos na TV no site CNN Brasil.