A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou nesta 3ª feira (27.ago.2024) a versão do Hino Nacional cantado em linguagem neutra no comício do candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (Psol).
“Que insanidade mental é essa??? Meeeeu Deus!”, declarou a mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Stories do Instagram.
O caso se deu no sábado (24.ago) durante o 1º compromisso de rua da campanha de Boulos com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na praça do Campo Limpo.
Em trecho que circula nas redes sociais, a artista declama “des filhes” no verso “dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil”.
Assista (52s):
ENTENDA A DISCUSSÃO SOBRE LINGUAGEM NEUTRA
O movimento no Brasil pela adoção de uma linguagem que se propõe menos sexista existe pelo menos desde os anos 1990, de acordo com Ana Pessotto, doutora em linguística pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) que se dedicou nos últimos anos ao tema.
A percepção de que o uso de palavras terminadas em “o” excluía pessoas do gênero feminino em sentenças como “todos têm algo a dizer” fez surgir propostas que deixassem mais marcado ambos os gêneros. Neste caso, por exemplo, seria usado “todas e todos têm algo a dizer”. Esse tratamento é chamado de linguagem não sexista.
Mais recentemente, pessoas não-binárias (que não se identificam nem com o gênero masculino, nem com o feminino) passaram a defender expressões como “todes”, onde não haveria nenhum tipo de marcação de gênero.
Entenda aqui o que dizem defensores e opositores.