A União bateu recorde nos gastos com diárias e passagens durante o governo de Dilma Rousseff (PT). O governo registrou maior valor real (corrigido pela inflação) no 1º semestre de 2014: R$ 1,85 bilhão.
Naquele período, o custeio com diárias atingiu R$ 1,14 bilhão. Já as despesas com passagens totalizaram R$ 716,8 milhões.
A série histórica começa em 2011. Os dados são do Tesouro Nacional e estão disponíveis no relatório do resultado primário divulgado em junho de 2024.
Leia a trajetória dos gastos com diárias e passagens no 1º semestre desde 2011:
DESPESAS VOLTAM A CRESCER
Os gastos da União com diárias e passagens atingiram R$ 1,47 bilhão no 1º semestre de 2024. Representa, portanto, alta de 9,1% na comparação com o mesmo período em 2023. Na época, o governo gastou R$ 1,35 bilhão em valores corrigidos pela inflação.
É o maior valor real desde o 1º semestre de 2014. Houve um crescimento de 68,7% no 1º semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2022.
Parte disso se explica pelo aumento de ministérios na administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT): agora são 39 contra 23 no governo de Jair Bolsonaro (PL). São mais viagens envolvendo ministros e auxiliares.
As mínimas históricas se deram de janeiro a junho de 2020 (R$ 590,5 milhões) e de 2021 (R$ 433,8 milhões), sob a Presidência de Bolsonaro. A pandemia de covid ajudou a diminuir os custos com viagens por causa das restrições e queda de deslocamentos.
OUTRO LADO
O Poder360 procurou por e-mail o Ministério da Gestão e Inovação e a Casa Civil para perguntar se gostariam de se manifestar a respeito dos gastos com diárias e passagens. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
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