O ex-juiz da operação Lava Jato e atual senador, Sergio Moro (União Brasil-PR), criticou nesta 5ª feira (4.jul.2024) o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela PF (Polícia Federal) no caso da venda das joias sauditas.
O congressista comparou o caso ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também teve o recebimento de presentes internacionais questionado durante a Lava Jato.
“Lula não foi indiciado por peculato por se apropriar de presentes que recebeu na Presidência. Mesmo durante a Lava Jato tudo foi tratado como uma infração administrativa dada a ambiguidade da lei. Os crimes foram outros. Há uma notável diferença de tratamento entre situações similares”, declarou em seu perfil no X (ex-Twitter).
ENTENDA O CASO
A PF indiciou nesta 5ª feira (4.jul) Bolsonaro (PL) e outros 11 aliados no caso das joias. A corporação concluiu haver indícios dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
As joias foram dadas como presente por governos estrangeiros para Bolsonaro enquanto estava no Palácio do Planalto. Depois, foram vendidas a joalherias nos Estados Unidos por aliados do ex-presidente, segundo a PF.
Um relógio da marca de luxo Rolex avaliado em US$ 68.000, por exemplo, foi recomprado por Wassef depois do início das investigações sobre o caso.
Em 4 de abril de 2023, o kit de joias completo foi entregue à Caixa Econômica Federal. Leia mais sobre os kits aqui.
Um acordo de cooperação foi firmado com o FBI para localizar as peças, com base no Tratado de Assistência Jurídica Mútua (Mutual Legal Assistance Treaties, em inglês), um pacto internacional para assistência ou cooperação jurídica em matéria criminal.