Após sobrevoar Pantanal, Tebet defende gestão de Marina nas queimadas

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu nesta 6ª feira (28.jun.2024) a atuação da ministra Marina Silva e as ações do Ministério do Meio Ambiente durante os incêndios do Pantanal. As duas sobrevoaram uma área devastada e falaram a jornalistas sobre as queimadas.

Estou aqui como filha [do Mato Grosso do Sul] e não estou tarde. Como a ministra disse, nós estamos monitorando isso desde o ano passado. É importante que não a Marina faça a defesa do ministério dela e é importante que eu faça a defesa do ministério dela como alguém do agronegócio”, declarou Tebet.

A gestão e o tempo de resposta de Marina Silva têm sido criticados por opositores, especialmente por, em 2020, a atual ministra do Meio Ambiente ter culpado o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por incêndios no bioma.

Marina disse que a atual situação é sem precedentes e fruto de uma “junção perversa” de mudanças climáticas, uma estiagem histórica causada pelo El Niño e a ação humana causadora de fogo.

Em setembro de 2023, o governo federal criou um grupo de trabalho específico para atender os efeitos climáticos no bioma. Segundo Tebet, o governo respondeu a uma cobrança do governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), e tem agido preventivamente desde então.

Ao todo, em 530 mil hectares foram queimados em 2024 até esta 6ª feira (28.jun). Em 2020, foram 3,5 milhões.

O governo federal também criou uma Sala de Crise em 14 de junho. Foram acionados 280 funcionários do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e do Icmbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), 149 pessoas mobilizadas e 7 aviões.

Nesta 6ª feira (28.jun), pela 1ª vez, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), com capacidade de liberar 12.000 litros de água por voo, foi deslocado para combater o fogo no Pantanal.

FOGO FOI ORIGINADO POR AÇÕES CRIMINOSAS

Tebet e Marina Silva voltaram a dizer que a maioria dos focos de incêndio no Pantanal foram originados por ação humana.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, os sistemas de monitoramento do bioma do governo federal e estadual já mapearam os focos e como se originaram.

Nós sabemos a origem do fogo, a partir dessa origem ele se alastrou e, obviamente, haverá um processo de responsabilidade”, disse.

LULA DEU “CARTA BRANCA”

A jornalistas, as ministras disseram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu “carta branca para não medir esforços” no combate ao fogo.

Tebet, que encabeça o Ministério do Planejamento e Orçamento, disse que os órgãos têm até 4ª feira (3.jul) para solicitar recursos extraordinários para a ações no Pantanal, caso necessário.

Por enquanto, não está havendo necessidade de crédito extraordinário porque, repito, o problema das queimadas neste ano no Pantanal não foi omissão do governo do Estado nem do governo federal. Não foi falta de recurso. Muito pelo contrário, nós sabíamos que íamos ter uma antecipação das queimadas –não tão grande assim, mas nós sabíamos”, disse.

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