No quadro Fatos da Semana, o Poder360 reúne os principais eventos da semana que se encerra neste sábado (1º.jun.2024).
Assista (4min45s):
Se preferir, leia:
DERROTAS DE LULA NO CONGRESSO
A semana mais curta com o feriado de Corpus Christi foi ruim para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na 3ª feira (28.mai.2024), o Congresso analisou vetos presidenciais em sessão conjunta da Câmara e do Senado. O governo teve 3 derrotas importantes. Uma delas foi na “lei das saidinhas” (14.843 de 2024). Lula havia vetado um trecho que limita as saídas temporárias de presos para visitar familiares, mas o veto foi derrubado.
O Congresso também manteve o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a um trecho da lei dos crimes contra o Estado democrático de Direito (14.197 de 2021) que impediu a tipificação da disseminação de notícias falsas como crime.
Outro veto de Lula derrubado foi a um dispositivo da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que proíbe o uso de verba pública em ações ligadas a ocupações de terra, transição de gênero e aborto.
O governo teve uma vitória simbólica na LDO, com a manutenção do veto ao calendário para o pagamento de emendas individuais. Contudo, a manutenção do veto foi garantida por um acordo construído com os congressistas para efetivar o pagamento de até R$ 20,5 bilhões em emendas até o final de junho.
QUEDA NA APROVAÇÃO
Outra notícia ruim para o Planalto chegou com a divulgação de uma nova pesquisa PoderData na 4ª feira (29.mai), que mostrou pela 1ª vez uma taxa de desaprovação ao governo numericamente maior que a de aprovação. Os brasileiros que desaprovam são 47%, enquanto os que aprovam são 45%. Os números representam um empate dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.
A pesquisa também mostrou que os eleitores que acham o governo Lula pior que o governo Bolsonaro superaram pela primeira vez os que acham o atual presidente melhor que o anterior.
ECONOMIA
Os dados econômicos também contribuíram para a semana ruim do Planalto. O Tesouro Nacional divulgou na 3ª feira que as contas do governo fecharam abril com o pior saldo para o mês desde 2020, com queda real de 31,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Além disso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou no mesmo dia o IPCA-15, considerado a prévia da inflação. Ela acelerou 0,44% em maio, ante 0,21% em abril.
A única notícia boa na economia foi a taxa de desemprego, divulgada na 4ª feira pelo IBGE. Ela ficou em 7,5% em abril, o menor patamar para o mês em 10 anos.
COMPRAS DE ATÉ US$ 50
Na 3ª feira, a Câmara aprovou a taxação em 20% das compras importadas de até US$ 50. O tema agora segue para análise do Senado. Lula, que era a favor do fim da isenção, passou a se manifestar contrariamente, enquanto a equipe econômica apoia a medida, para aumentar a arrecadação. Quem também apoia a taxação é o ex-presidente Jair Bolsonaro, que defendeu a medida no dia da votação.
1 MÊS DE TRAGÉDIA NO RS
Na 4ª feira, as tragédias causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul completaram 1 mês. Se refere à data em que o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu o 1º alerta vermelho de volume elevado de chuva, em 29 de abril.
Na 2ª feira (27.mai), foi realizado o 1º voo comercial para a base aérea de Canoas, que substitui as rotas para o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que continua interditado. Na 4ª feira, foram confirmadas mais duas mortes por leptospirose no Estado, elevando o total para 7.
Na 6ª feira (31.mai), a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) divulgou que o nível do rio Guaíba está em 3,69 metros, próximo da cota de inundação, que é de 3,60 metros. O nível mais baixo atingido pelo rio desde o início das enchentes até 6ª feira foi de 3,68 metros, na 3ª feira.
MARCHA PARA JESUS
Na 5ª feira, foi realizada em São Paulo a 32ª edição da Marcha para Jesus. Várias autoridades estiveram presentes. Dentre elas, o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Em seu discurso, Tarcísio pediu orações pelo Brasil aos fiéis. Já Nunes destacou que o evento movimentaria R$ 40 milhões na cidade e pediu orações pelo Rio Grande do Sul. O presidente Lula não participou, mas enviou uma carta por meio de Jorge Messias. Nela, o petista afirmou que seu governo é norteado pelo ensinamento cristão de amar ao próximo. A carta também destacou o papel das igrejas em ações sociais.