A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, é a 12ª CEO da petroleira desde o 1º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2003. Em média, os comandantes da maior estatal do país têm ficado menos de 2 anos no cargo.
Depois de ter sido fritado por alas do governo, o último presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi demitido por Lula em 14 de maio. Ficou 1 ano e 3 meses a frente da companhia.
Desde 2003, Sergio Gabrielli foi o CEO mais longevo da Petrobras. O executivo comandou a petroleira estatal por 6 anos e 6 meses (de 2005 a 2012). Ele assumiu depois da saída de José Eduardo Dutra, o 1º indicado por Lula à presidência da Petrobras.
Já o CEO que ficou menos tempo no cargo foi José Mauro Coelho. O executivo indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durou 2 meses e 6 dias no comando da empresa. Durante o governo Bolsonaro, a Petrobras teve 4 presidentes, uma média de 1 por ano.
Magda será a 2ª mulher a presidir a Petrobras. A 1ª foi Graça Foster, indicada no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Foster ficou 2 anos e 11 meses à frente da petroleira, a 2ª executiva mais duradoura nos últimos 20 anos.
A saída de Foster se deu no momento mais conturbado da história da Petrobras. A empresa foi o epicentro da Operação Lava Jato, quando borbulhavam denúncias de esquemas de corrupção com empreiteiras em projetos da petroleira que mancharam tanto a gestão de Foster quanto de seu antecessor Sergio Gabrielli.
QUEM É MAGDA CHAMBRIARD
Chambriard foi diretora-geral da ANP durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de 2012 a 2016. Antes, trabalhou por 22 anos na própria Petrobras, como funcionária de carreira.
Segundo seu perfil no LinkedIn, Chambriard é bacharel em engenharia civil e mestre em engenharia química pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Atua como consultora no setor de petróleo e energias e, desde abril de 2021, é diretora da assessoria fiscal da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
A gestão de Chambriard na ANP foi marcada pela retomada dos leilões de áreas para exploração e produção de petróleo, e pelo vazamento de óleo durante a perfuração de um poço na Bacia de Campos pela empresa norte-americana Chevron. As decisões da executiva em relação ao 2º ponto incluíram a aplicação de multas pesadas a empresas que atuam na operacionalização de plataformas de petróleo, causando discórdias no setor.