O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), aos investigadores do FBI e da Polícia Federal brasileira durou duas horas e vinte minutos nesta sexta-feira (26). Realizado por videoconferência, ele começou às 11h e terminou às 13h20.
Segundo apurou a CNN, os investigadores questionaram novamente o militar sobre as joias sauditas recebidas de presente pelo governo brasileiro – parte delas foi vendida nos Estados Unidos.
Mauro Cid passou novos detalhes à equipe da PF, que está nos Estados Unidos, e ao FBI, com horários, endereços e dias da “operação resgate” das joias. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Cid colaborou em todos os aspectos.
Um novo depoimento do militar não está descartado.
Conforme revelou a CNN, essa é a primeira vez que o FBI, Federal Bureau of Investigation, participa de uma oitiva com o delator. A PF fechou acordo de cooperação internacional com as autoridades norte-americanas.
A equipe da Polícia Federal embarcou aos Estados Unidos para colher provas sobre o escândalo das joias sauditas e da fraude em cartões de vacina que envolvem o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O embarque de um delegado e de um agente aguardava a autorização do FBI para o compartilhamento de informações antes de marcar o deslocamento.
A CNN apurou que o delegado responsável pelos dois inquéritos na PF é quem viajou e está na colheita de informações para incluir na investigação.
A equipe também deve colher imagens e documentos que ajudem na conclusão do inquérito sobre os episódios.
Os agentes devem visitar quatro cidades americanas: Miami, Orlando, Nova York e Wilson Grove.
A previsão é de que também sejam feitos depoimentos com os comerciantes das lojas onde foram vendidas e recompradas as joias.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ao FBI e à PF, Cid dá detalhes de venda de joias nos Estados Unidos no site CNN Brasil.