O jornalista Allan dos Santos, do site Terça Livre, disse que o grupo Meta, responsável por Facebook e Instagram, e o YouTube precisam prestar contas sobre o bloqueio de conteúdos realizado em suas plataformas. Segundo Allan, as big techs devem explicar se a decisão se deu, de fato, pelo descumprimento de políticas dos sites ou a mando do STF (Supremo Tribunal Federal). O jornalista teve sua conta bloqueada nas redes em 2021 por decisão do ministro Alexandre de Moraes.
“Temos uma oportunidade de ver se Facebook, Instagram, Google e as big techs agiram de acordo com Alexandre de Moraes e não de acordo com a lei nos EUA. Se eles estiverem obedecendo ao STF, isso é um crime nos EUA”, disse o jornalista, nesta 4ª feira (17.abr.2024), em podcast com o consultor político republicano Roger Stone. Allan é conhecido pelos seus ideais conservadores e apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Investigado em 2 inquéritos no STF (fake news e milícias digitais), Allan dos Santos é considerado foragido pela Justiça brasileira desde 2021. Hoje, mora em Orlando, nos Estados Unidos.
Em 6 de abril, seu perfil pessoal e o do Terça Livre foram restabelecidos no X (antigo Twitter). Durante o podcast, o jornalista disse que a liberação foi feita por Elon Musk, dono da plataforma desde 2023.
Segundo ele, seus perfis foram restituídos fora da jurisdição do Brasil, já que sua residência não é mais no país.
Allan disse ainda, sem apresentar provas diretas, que o governo federal pediu à equipe do Twitter para banir contas e justificar que a decisão teria sido por uma política da própria plataforma.
Isso teria ocorrido antes de Musk comprar o site. Ele assume que o mesmo teria sido feito em outras redes em que ainda está bloqueado, como Instagram.