Quase 70% dos brasileiros acham que ato de Bolsonaro foi “grande”

Levantamento divulgado nesta 4ª feira (28.fev.2024) indica que quase 70% dos brasileiros consideraram que o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e realizado no último domingo (25.fev.2024) na av. Paulista, em São Paulo, foi “grande”. Outros 20% disseram que foi “médio”, enquanto só 6% afirmou ter sido “pequeno”.

A pesquisa foi realizada pela Genial/Quaest de 25 a 27 de fevereiro de 2024. Foram entrevistadas 2.000 pessoas com 16 anos ou mais. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Eis a íntegra (PDF – 14 MB).

Estimativas feitas a partir da análise de fotos e vídeos de quando o evento estava sendo realizado, e mapas detalhados com a metragem da avenida, mostram que o público que compareceu ao ato variou aproximadamente de 300 mil a 350 mil pessoas. A manifestação foi considerada grande pela maioria dos entrevistados que afirmaram ter conhecimento do evento.

89% dos que sabiam da manifestação e votaram em 2022 em Bolsonaro disseram que o ato foi grande. O percentual cai para 46% entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Já entre os eleitores que votaram em branco ou anularam, o percentual volta a subir, chegando a 66%.

Dos que sabiam do ato, 50% disseram que Bolsonaro sai mais forte, contra 26% que afirmaram acreditar que o ex-presidente ficou enfraquecido. Leia as respostas à pergunta “Bolsonaro sai mais forte ou mais fraco dessa manifestação”: 

  • mais forte – 50%; 
  • nem mais forte, nem mais fraco – 14%; 
  • mais fraco – 26%;
  • não sabe ou não respondeu – 11%.

Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, a maioria dos eleitores que classificaram Bolsonaro como mais forte integram a base do ex-presidente. Para ele, isso significa que o principal efeito do ato não foi o de mobilizar eleitores de fora, mas “reafirmar a convicção dos eleitores de dentro da bolha bolsonarista”.

A maioria (34%) dos que sabiam do evento afirmaram que o ato deve acelerar as investigações da PF (Polícia Federal) sobre Bolsonaro e seus aliados. Outros 11% disseram que o ritmo deve ser reduzido e 48% responderam que o ato não terá influência na apuração. Os que não sabem ou não responderam somam 6%.

O ex-presidente é investigado  por suposta tentativa de golpe de Estado e prestou depoimento à corporação na última 5ª feira (22.fev), dias antes da manifestação.

Dos eleitores de Bolsonaro, 14% responderam acreditar que ele pode se beneficiar juridicamente do ato. 

Quase metade dos entrevistados (47%) disseram acreditar que o ex-presidente  (PL) “participou de um plano de golpe”. Eis as respostas: 

  • sim – 47%;
  • não – 40%;
  • não sabe ou não respondeu – 13%.

A grande maioria dos que responderam “sim” votaram em Lula em 2022.

Questionados se Bolsonaro está sofrendo perseguição, 53% responderam que não. Outros 39% afirmaram que sim e 7% disseram não saber ou não responderam.

A maioria (53%) dos que consideram que o ex-presidente é alvo de perseguição se declaram evangélicos. 

Para 51% dos entrevistados, a Justiça acertou ao tornar Bolsonaro inelegível. Já 40% disseram que a decisão foi errada e 10% não souberam ou não responderam. 

Questionados se “seria justo ou injusto prender Bolsonaro”, os entrevistados responderam: 

  • justo – 50%
  • injusto –39%; 
  • não sabe ou não respondeu – 10%.
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