Operação visa apurar suposta espionagem da Abin sob governo Bolsonaro. Carlos Bolsonaro é o ponto central na investigação
Arquivo/ imagem ilustrativa
As autoridades efetuaram buscas e apreensões tanto na residência quanto no gabinete de Carlos Bolsonaro, estendendo-se também à Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Membros do seu círculo de assessores também foram incluídos como alvos desta operação.
A suspeita levantada aponta para uma possível solicitação de informações por parte dos assessores de Carlos Bolsonaro ao então diretor da Abin, Alexandre Ramagem, também implicado no caso.
Carlos Bolsonaro detém uma longa carreira na política municipal, exercendo seu sexto mandato consecutivo como vereador do Rio. Ele é frequentemente citado como o principal estrategista digital do ex-presidente.
A operação atual se concentra na alegada existência de uma “Abin paralela”, sob a orientação de Carlos Bolsonaro, com missões controversas, incluindo a tentativa de estabelecer vínculos entre Alexandre de Moraes e o PCC.
Até o momento, Carlos Bolsonaro não emitiu declarações sobre as recentes ações da Polícia Federal.
Flávio Bolsonaro, irmão de Carlos, classificou as acusações como “absurdo completo”, negando qualquer recebimento de informações provenientes da Abin.
O governo atual, presidido por Lula, considera a remoção da atual liderança da Abin, diante das investigações que apontam para uma situação “insustentável” da agência.
Na última quinta-feira (25), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, expôs alegações de que Alexandre Ramagem teria utilizado a Abin para promover espionagem ilegal em benefício da família Bolsonaro, mirando figuras como Joice Hasselmann, Camilo Santana e Rodrigo Maia.
A Polícia Federal sustenta que a Abin foi “instrumentalizada” para monitorar indevidamente uma gama de autoridades e indivíduos ligados a investigações ou considerados opositores do ex-presidente Bolsonaro.