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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pela PF para depor em investigação sobre suposta tenativa de golpe de Estado
O ex-presidente Jair Bolsonaro, envolvido em investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sua decisão de não prestar depoimento à Polícia Federal (PF) no momento.
Alegando a necessidade de acesso integral às evidências apreendidas, incluindo mídias de aparelhos celulares, Bolsonaro, por intermédio de seus advogados, expressou sua intenção de colaborar com as investigações apenas após a revisão completa desses materiais.
A defesa do ex-presidente sustenta que a plena disponibilização das informações poderia contribuir significativamente para a demonstração de sua inocência, enfatizando a importância da transparência para o esclarecimento dos fatos. Enquanto aguarda o acesso aos elementos de prova, Bolsonaro recorre ao direito de manter-se em silêncio, sem renunciar à possibilidade de prestar declarações futuras.
A situação se complica com a apreensão do passaporte de Bolsonaro durante a operação Tempus Veritatis, restringindo suas viagens ao exterior e limitando seu contato com outros investigados.
A operação, que visa esclarecer as ações de uma “organização criminosa” relacionada à disseminação de alegações infundadas de fraude eleitoral, resultou em múltiplas buscas e apreensões, além de prisões preventivas e medidas cautelares contra figuras próximas ao ex-presidente.
Paralelamente, Bolsonaro mobiliza seus apoiadores para um ato na Avenida Paulista, marcado para o último domingo de fevereiro, enfatizando o caráter pacífico da manifestação e o foco na defesa do Estado Democrático de Direito. A convocação, feita sem ataques diretos a indivíduos ou instituições, sugere uma tentativa de reforçar sua base de apoio frente às acusações que enfrenta.