A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República dispensou o diplomata Comarci Nunes Filho das atividades que exercia na preparação e cobertura das ações do G20, o grupo que reúne os países mais ricos do planeta.
O motivo está ligado ao fato de Comarci ter participado da reunião realizada em 5 de julho de 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), que embasou a operação da Polícia Federal (PF) que apura tentativa de golpe de Estado.
Na Secom, o diplomata atuava na Secretaria de Produção e Divulgação de Conteúdo Audiovisual (Seaud). No ano passado, acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagens para Índia, Bélgica e Portugal.
Apesar disso, ele ainda não havia sido designado oficialmente para a função, com publicação no Diário Oficial da União (DOU).
À CNN, a Secretaria de Comunicação informou que “Comarci Nunes Filho é do quadro do Itamaraty e foi convidado a integrar a equipe da Secom que trabalha no G20, mas isso ainda não tinha sido efetivado”. “Diante das novas informações ele não irá para essa equipe.”
Comarci participou da reunião comandada por Bolsonaro porque, na época, assessorava o então secretário-geral do Itamaraty, Fernando Simas Magalhães, que esteve presente no encontro representando o ex-ministro das Relações Exteriores Carlos França.
Antes de assumir a coordenação audiovisual do G20, Comarci atuava no setor de imprensa do Itamaraty. A CNN tentou contato com o diplomata, mas até o momento não obteve retorno.
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