O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a atuação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes durante um encontro com Pedro Vaca, representante da OEA (Organização dos Estados Americanos), na 5ª feira (13.fev.2025). Em sua fala, disse que o magistrado ajusta depoimentos, faz pesca probatória, prende suspeitos sem denúncia formalizada e persegue integrantes da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por meio de inquéritos do Supremo.
“Conversamos por cerca de 50 minutos. [Vaca] se mostrou interessado no que eu falava e disse que vai fazer um relatório sincero sobre o que está acontecendo aqui no Brasil”, disse o ex-presidente ao portal Metrópoles.
O presidente do Supremo, ministro Roberto Barroso, e Moraes fizeram uma reunião com Vaca na 2ª feira (10.fev). Na pauta, estiveram os processos decorrentes do 8 de janeiro e o bloqueio da rede social X (ex-Twitter) no Brasil.
Outros congressistas da oposição se encontraram com Vaca na 3ª feira (11.fev) e relataram o que classificam como “abuso de autoridade” por parte do STF. Por sua vez, o relator especial para a liberdade de expressão da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), ouviu os relatos e, ao final, perguntou qual era a opinião dos congressistas sobre o 8 de Janeiro, o que pensam sobre a desinformação no Brasil e como eles qualificam o debate no Legislativo.
Segundo apurou o Poder360, os congressistas entenderam que os questionamentos de Vaca têm o objetivo de comparar a situação atual com a de antes dos alegados abusos.
Congressistas da base governista se reuniram com Vaca na 4ª feira (12.fev). Depois do encontro, os deputados e senadores presentes disseram que o representante relatou que, durante seu tempo no Brasil, já percebeu o poder da desinformação.
Os congressistas apresentaram as conclusões da CPMI a Vaca. Defenderam haver uma distorção do conceito de liberdade de expressão e que o Brasil vive uma normalidade democrática.
