O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), admitiu a existência de um movimento dentro do bolsonarismo que busca a anistia do pai. Essa iniciativa visa a reverter a inelegibilidade imposta pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2023. Além disso, Flávio mencionou a intenção de anistiar aqueles condenados pelos atos de 8 de janeiro.
Em entrevista ao jornal Metrópoles, o senador expressou otimismo em relação à aprovação da anistia, que beneficiaria tanto os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro quanto Bolsonaro. “Há uma influência política nos julgamentos sobre Bolsonaro. Essa conjuntura política pode mudar até 2026”, afirmou.
“O outro ponto que eu vejo que pode reposicioná-lo é, sem dúvida alguma, a anistia que está sendo costurada, eu tenho certeza que vai ser aprovada ainda este ano, tanto no Congresso quanto no Senado, que pode vir também, e não só fazer justiça com quem foi absurdamente injustiçado em função do que aconteceu em Brasília no 8 de janeiro”, disse.
Ele prosseguiu: “Eu acredito, sim, que, em algum momento, antes de aprovar essa anistia para as pessoas que foram injustiçadas e presas no 8 de Janeiro, isso vai, direta ou indiretamente, refletir no presidente Bolsonaro”, continuou.
INELEGIBILIDADE DE BOLSONARO
Bolsonaro foi julgado no TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O caso trata da reunião do ex-presidente com embaixadores no Palácio da Alvorada, realizada em julho de 2022. Na ocasião, Bolsonaro questionou o resultado do sistema eleitoral de 2018, levantou dúvidas sobre urnas eletrônicas e criticou ministros de tribunais superiores. O evento foi transmitido pela TV Brasil.
Relembre o momento (1min5s):
O TSE decidiu, por 5 votos a 2, determinar a inelegibilidade do ex-presidente por 8 anos. Assim, Bolsonaro foi impedido de concorrer nas próximas 3 disputas eleitorais: 2024, 2026 e 2028.
Atualmente, a defesa do ex-presidente recorre ao STF (Supremo Tribunal Federal), que ainda não julgou o caso. Recentemente, o relator do processo, ministro Luiz Fux, pediu um parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República).