“Conteúdo partidário”, diz Tabata sobre carta pró-Boulos

A deputada federal e candidata a prefeita de São Paulo Tabata Amaral (PSB) criticou o movimento de personalidades pró-esquerda em favor de Guilherme Boulos (Psol). Em vídeo publicado no Instagram na 4ª feira (2.out.2024), a congressista disse que “o manifesto pela frente ampla é conteúdo partidário disfarçado de carta pela democracia” e questionou se o voto útil progressista não deveria ser nela.

“O cara faz uma campanha fraca, renega pautas históricas do partido e não empolga ninguém. Aí você tem que mudar seu voto para ele não ficar de fora do 2º turno? Fala sério, né?!”, declarou Tabata.

A candidata ainda criticou a comparação com o apoio ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022 para evitar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). “A união em torno do Lula era de fato ampla, com gente de centro e até de direita, e aconteceu muito antes das eleições, não na semana do 1º turno. Em 2º lugar, olha o objetivo do manifesto: evitar um 2º turno entre 2 bolsonaristas”, disse.

“Se todas as pesquisas mostram que eu ganho tanto do [Pablo] Marçal quanto do [Ricardo] Nunes, não deveria ser em mim o voto útil progressista? Querem ou não querem evitar um bolsonarista na prefeitura?”, questionou Tabata.

CARTA PRÓ-BOULOS

Um grupo de artistas, intelectuais, jornalistas e empresários divulgou na 2ª feira (30.set.) uma carta aberta em que pede voto em Boulos na disputa pela Prefeitura de São Paulo, “para evitar” um 2º turno com candidatos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro: o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o documento é assinado por nomes como Denise Fraga (atriz), Fernando Meirelles (cineasta), Juca Kfouri (jornalista), Raí (ex-jogador de futebol) e Fernanda Diamant, do Conselho Editorial da Folha e viúva de Otavio Frias Filho (1957-2018), jornalista que foi um dos donos do jornal.

A carta afirma que parte dos signatários tem preferência por outras candidaturas e só votaria em Boulos no 2º turno. No entanto, eles dizem reconhecer que há um “risco que o país não pode correr” com uma possível reeleição de Nunes ou com a vitória de Marçal.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.